Fátima, Santarém, 12 set 2013 (ecclesia) – O cardeal de Boston, Estados Unidos da América, sublinhou, hoje, em Fátima, que o mundo actual vive “obcecado pelas celebridades” e no imaginário da juventude, estas ocuparam o lugar “dos heróis e heroínas”.
Na conferência de encerramento, «A caridade é a fé em acção», do encontro da pastoral social que decorreu, de terça-feira a hoje, em Fátima, D. Seán Patrick O´Malley referiu que as celebridades por “mais bonitas que sejam e por mais talento que tenham, têm vidas superficiais e caóticas”.
Aos cristãos, o cardeal de Boston pediu ajuda na evangelização e humanização da vida, visto que só assim se consegue “construir uma civilização do amor”.
Com a presença de várias centenas de participantes, D. Jorge Ortiga, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, disse no encontro – teve como tema «Testemunhar a caridade no Ano da Fé» – que a “pastoral social pode-se confundir como uma atitude assistencialista”, mas “é imperioso” que esta “seja a expressão da própria fé”.
“Nem todos cristãos estão convencidos” desta máxima porque o “cristianismo expressa-se na relação com os outros”, realçou o prelado da arquidiocese de Braga.
A Igreja “não é uma simples agência de serviços”, mas “muito mais do que isso”, alertou.
Numa altura em que se celebra os 50 anos da abertura do II Concílio do Vaticano, D. Jorge Ortiga reconhece que os cristãos se começaram a convencer que “a vida se estrutura no compromisso com os irmãos e com Deus”.
Esta mentalidade “deve ser intensificada” e é um trabalho que a Igreja está a realizar, mas “nem sempre é visto”, disse o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
Ao jeito de balanço dos três dias de reflexão, o padre José Manuel Pereira d´Almeida, director do Secretariado Nacional da Pastoral Social, disse aos jornalistas que os participantes saíram reforçados e com nova força para “colocarem as mãos na massa” porque sabem que o risco “de não terem as mãos sujas é não terem mãos”.
LFS