Migrações: Fátima ultrapassa fronteiras

Os testemunhos de fé de peregrinas cubanas, irlandesas e espanholas

Lisboa, 12 ago 2013 (Ecclesia) –Milhares os peregrinos, nacionais e estrangeiros procuram o Santuário de Fátima nas férias para agradecer as dádivas recebidas, procurar momentos de paz e serenidade ou mesmo transmitir a fé.

Os momentos altos da semana nacional do migrante e do refugiado, que começou este domingo e termina no próximo dia 18, decorrem entre hoje e amanhã, no Santuário de Fátima com a Peregrinação Internacional aniversaria dedicada ao migrante.

A ECCLESIA ouviu o testemunho de peregrinas da Irlanda, Espanha e Cuba, onde a devoção religiosa é controlada mas a fé e a tradição ultrapassam fronteiras, como explica Ester que sempre ouviu falar do Santuário e despertou-lhe interesse, mesmo sendo proibido o culto Mariano.

“Em Cuba não se fala nada de religião mas a minha família é católica e eu por causa do regime não o pude ser mas interessa-me, durante muito tempo foi tudo proibido e enclausurado”, explica.

A peregrina não consegue transmitir por palavras a experiência de estar no Santuário mas explica que é “muito emotivo” e sente “muita serenidade para refletir pois encontrei muita crença, muita paz”.

Ester revela ainda que deseja trazer a sua família ao Santuário de Fátima e que leva a fé e paz que encontrou para Cuba.

Da Irlanda, Mary revela-se “muito crente da virgem Maria” e explica que veio a Fátima em “ação de graças” porque esteve doente.

Do Santuário mariano ouviu falar dos milagres que lhe são atribuídos e destaca um que lhe chamou a atenção: “uma senhora que esperava um bebé numa cadeira de rodas e foi curada”.

Para além de vir agradecer a sua cura veio também rezar pelo mundo, pelos seus conterrâneos e pela Irlanda, “para manter o aborto afastado do país, por todas as pessoas que estão doentes, pelos desempregados e pela tristeza das pessoas”.

Do pouco que conhece em Fátima, destaca pela negativa a comercialização em torno do Santuário, “em comparação com Lourdes, na França”, e destaca a procissão das velas, “linda”.

Maria de Jesus é professora de Educação Moral e Religiosa Católica e de Valencia, Espanha, trouxe o marido e o filho porque tem fé em Maria e “este é um lugar privilegiado onde apareceu a Virgem”.

Conheceu o santuário pela sua profissão e pela devoção ao Papa João Paulo II, “pelo seu amor à Virgem que é universal”.

“Ouvi também as inquietações em torno dela, das pessoas que vêm aqui a luz de Deus através dela”, acrescentou.

Encantada com o ambiente calmo e tranquilo que encontrou no santuário, Maria de Jesus explica que foi essencial trazer a sua família e transmitir a fé ao filho: “A primeira identidade educativa são os pais e é uma forma de transmissão e de lhe dizer que podem acolher no seu coração o amor da virgem”.

Ao longo desta semana, o programa ECCLESIA, às 22h45, na Antena 1 da rádio pública, apresenta mais testemunhos de fé e une-se a esta peregrinação que ocorre no santuário de Fátima organizada pela Obra Católica Portuguesa das Migrações.

LS/CB

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