Fundação Ajuda a Igreja que Sofre denuncia «realidade tenebrosa que o mundo parece querer ignorar»
Lisboa, 08 ago 2013 (Ecclesia) – Os irmãos da Congregação dos Missionários dos Pobres assumem-se hoje como “anjos da guarda” das populações da Jamaica, um “paraíso” aos olhos internacionais mas minado internamente por inúmeras dificuldades sociais.
A ação da comunidade religiosa, criada em 1981 pelo padre Richard Ho Lung, vem descrita num texto da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, enviado hoje à Agência ECCLESIA.
De acordo com a organização católica dependente da Santa Sé, “atrás da beleza exuberante que cativa milhões de turistas para a Jamaica, há uma realidade tenebrosa que o mundo parece querer ignorar, a pobreza extrema”.
Por outro lado, “o tráfico e consumo de droga causam, todos os anos, mais de 1500 mortos, numa estatística que cresce exponencialmente nos subúrbios miseráveis das grandes cidades, onde milhares de pessoas se debatem todos os dias com a própria sobrevivência”, realça.
É neste contexto que trabalham os Missionários dos Pobres, apostados em “resgatar esta multidão de desamparados a um destino cruel”.
A missão da congregação começou por se concentrar na capital Kingston, sobretudo junto dos bairros de lata e passa pela prestação de apoio a “doentes, sem-abrigo, prostitutas, vítimas da SIDA, incapacitados, crianças, mães solteiras e presos”, entre outras faixas mais desfavorecidas.
Sem mais recursos do que aqueles provenientes da “caridade alheia” ou do apoio de instituições solidárias, os religiosos construíram “cinco lares, dois para mulheres, dois para homens e um para crianças”, onde “mais do que a comida, a roupa ou a cama, é oferecido o carinho que só o amor pode dar”.
“Todos os dias acontece um milagre de amor sempre que a porta dos Missionários dos Pobres se abre para acolher mais alguém que a sociedade finge não ver”, sublinha a Fundação AIS.
JCP