D. Amândio Tomás defende necessidade de contrariar desertificação da região
Vila Real, 06 ago 2013 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Vila Real, com o Douro como paisagem, considera que o turismo pode ser um fator importante para contrariar a migração contínua na região desde os anos 60 do século passado.
Para D. Amândio Tomás, o investimento neste território de “paisagens deslumbrantes” – o Douro, a serra do Marão, o Alvão, as fisgas do Ermelo – é prioritário porque atrairá capitais que serão importantes “do ponto de vista social”.
A Igreja na sua condição de “acompanhante da humanidade e próxima do homem” procura ajudar a estancar os fluxos migratórios, através de uma ação de proximidade nas paróquias e nas aldeias junto da população mais idosa que ainda resiste “quando todos os abandonam”, assinala à ECCLESIA.
D. Amândio Tomás recorda que nos anos 60 do século XX, o bispo diocesano enviava padres com os emigrantes, “particularmente para França”, com funções claras de acompanhamento e instrução “para os amparar”.
[[a,d,4098,Emissão 04-08-2013]]O bispo de Vila Real também foi emigrante e de 1976 a 2002 esteve em Roma, por isso entende o saudosismo de quem parte, “um elemento muito português”.
“Da sua natureza (o português) é aventureiro desde as descobertas, desde a missionação, demos novos mundo ao mundo e, também, na década de 60 isso ocorreu e foi de facto o primeiro contacto que tivemos com a Europa, com a presença dos portugueses em massa que foram para os países da Europa central”, assinala.
LFS/CB