Bispo destaca trabalho «extraordinário» promovido pelo curso de Arquitetura da Universidade Católica
Covas do Monte, Viseu, 05 ago 2013 (Ecclesia) – O curso de Arquitetura da Universidade Católica Portuguesa (UCP), sediado em Viseu, está a promover uma ação de voluntariado social que visa a recuperação da aldeia de Covas do Monte (Covas do Rio, Viseu).
A iniciativa, que se conclui esta terça-feira, reúne cerca de 50 arquitetos e estudantes de arquitetura durante dez dias para “um processo de surpresas” e em ligação com a comunidade local, como explica à Agência ECCLESIA a coordenadora da iniciativa ‘Terra Amada’, Ana Pinho.
“Sentimos que aqui poderíamos contribuir para que esta aldeia pudesse, ela própria, escolher o seu futuro e não seguir tantos futuros que estão outras, como a desertificação”, refere, em relação à escolha de Covas do Monte.
O programa das obras foi escolhido pela população, tendo sido conseguido um equilíbrio entre “património, cultura, desenvolvimento local e melhoria das condições de vida”.
D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, elogiou o “extraordinário” trabalho realizado no projeto “inovador”, que permite combater o isolamento das populações desta aldeia serrana do Concelho de São Pedro do Sul.
O prelado confessa a sua “surpresa” pelo resultado da iniciativa, destacando a “interação com a população local, que é pouca”, com um resultado “magnífico” para pessoas que vivem “muito isoladas”.
“Esta experiência permitiu trazer uma vida nova e uma perspetiva nunca vista nem prevista por estas pessoas”, acrescenta.
A iniciativa ‘Terra Amada’ centra-se no desenvolvimento de ações de voluntariado num estaleiro-escola, abertas à participação de alunos de cursos de arquitetura nacionais e estrangeiros, com o objetivo de realizar intervenções em aldeias rurais de conservação e reabilitação, identificadas pelas comunidades locais.
O professor António Carvalho, coordenador do curso de Arquitetura, destaca a importância desta atividade como algo que “diferencia” a proposta da UCP, que também permite aos alunos “aprender fazendo”.
“A nossa preocupação é servir a região”, explica, para valorizar a importância de “ter trabalho, ter obras” e aproveitar as oportunidades que existem.
Os participantes tiveram de “ganhar a confiança” das pessoas para quem estavam a trabalhar, sem impor soluções.
“Temos de ver como as coisas funcionam, o que as pessoas precisam”, conclui.
PR/OC