Rio de Janeiro acolheu segundo maior encontro na história deste evento internacional da Igreja Católica
Rio de Janeiro, Brasil, 31 jul 2013 (Ecclesia) – O diretor executivo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) revelou aos jornalistas que foram superadas as expetativas da edição do Rio de Janeiro, com 3,7 milhões de pessoas em Copacabana.
Em conferência de imprensa, terça-feira, o monsenhor Joel Portella, com base em dados disponibilizados pela Prefeitura (município) do Rio de Janeiro, revelou os números finais do encontro de jovens organizado pela Igreja Católica, na cidade brasileira, que entrou para a história como o segundo maior de sempre.
A JMJ realizada nas Filipinas, em 1995, há 18 anos, detém o primeiro lugar, com quatro milhões de pessoas enquanto a edição deste ano, juntou em Copacabana, no domingo, 3,7 milhões.
O diretor executivo da 28ª JMJ revelou que na Missa do Envio estiveram seis vezes mais pessoas que no primeiro ato central, com 600 mil pessoas.
No total, 3,5 milhões de pessoas participaram nas diversas atividades, encontros e momentos de oração da jornada que se dividiu entre Copacabana, Quinta da Boa Vista, na Lapa, Riocentro, para além de diversas paróquias da cidade.
A cerimónia de boas-vindas ao Papa Francisco, no dia 25, reuniu 1,2 milhões de pessoas e a via-sacra, no dia seguinte, 2 milhões.
Na noite de sábado, na vigília com o Pontífice estiveram 3,3 milhões de jovens na praia de Copacabana.
Segundo o Ministério do Turismo, estiveram presentes de pessoas de 175 países na Jornada Mundial da Juventude que originaram um impacto económico de 1800 milhões de reais (mais de 595 milhões de euros).
Para além de 220 mil brasileiros, os países com maior número de peregrinos foram a Argentina, Estados Unidos, Chile, Itália, Venezuela, França, Paraguai, Peru e México e dos inscritos internacionais 72,7 por cento estiveram no Brasil pela primeira vez e 86,9 por cento nunca tinham participado numa JMJ.
Dos peregrinos inscritos, 55% eram do sexo feminino e 60% do público tinha entre 19 e 34 anos.
Inscreveram-se 644 bispos, 28 dos quais são cardeais, 7814 sacerdotes, 632 diáconos e produzidas 4 milhões de hóstias, das quais 800 mil foram para Missa do Envio.
Foram atribuídas 6,4 mil credenciais a jornalistas que transmitiram a JMJ em 57 países.
As catequeses estiveram dispersas por 264 locais e foram ministradas em 25 idiomas.
A JMJ contou com a ajuda de 60 mil voluntários e mais de 800 artistas participaram nos atos centrais.
A saúde dos participantes foi assegurada por 11 postos médicos, com 79 camas e 60 ambulâncias, disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde e foram registados 4780 atendimentos.
O esquema especial de saúde para os peregrinos envolveu 240 profissionais, dos quais103 médicos, 35 enfermeiros e 102 técnicos de enfermagem.
A companhia municipal de limpeza urbana (Comlurb) removeu 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis, um número 10 por cento inferior à passagem de ano.
A 28ª Jornada Mundial da Juventude decorreu de 23 a 28 de julho e teve como lema ‘Ide e fazei discípulos de todos os povos’, expressão baseada no evangelho segundo São Mateus.
Foi a segunda vez que uma cidade sul-americana acolheu a edição internacional da JMJ, depois de Buenos Aires (Argentina), em 1987, e a primeira viagem ao estrangeiro do Papa Francisco desde o início do pontificado.
CB/OC