JMJ 2013: Francisco defende rebelião dos jovens católicos face a «cultura do provisório»

Papa agradece dedicação dos voluntários e pede-lhes a «coragem» de serem felizes

Rio de Janeiro, Brasil, 28 jul 2013 (Ecclesia) – O Papa agradeceu hoje no Rio de Janeiro o empenho e “disponibilidade” dos 60 mil voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre eles cerca de 600 portugueses, e pediu que sejam “revolucionários” contra a corrente.

“Peço que se rebelem, que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens”, afirmou sob os aplausos dos cerca de 12 mil representantes desses voluntários, no centro de congressos ‘Rio Centro’.

Francisco convidou os presentes a descobrirem o projeto de Deus para cada um e a assumirem “escolhas definitivas”, como no matrimónio.

“Há quem diga que hoje o casamento está ‘fora de moda’ – está fora de moda? -; a cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é ‘curtir’ o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, ‘para sempre’, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã”, observou.

Nesse contexto, o Papa desafiou os jovens a terem coragem de “ir contra a corrente” e de “ser felizes”.

“Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer ‘sim’ a Deus”, sustentou, ao referir-se às vocações ao sacerdócio e à vida religiosa.

Francisco destacou a “prontidão e generosidade” dos voluntários da JMJ, deixando votos de que “sejam sempre generosos com Deus e com os outros”.

“Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o ‘caminho preparado’ para encontrar Jesus e esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários”, disse.

O encontro contou com intervenções de um jovem brasileiro e uma jovem da Polónia, país que vai acolher a próxima edição internacional da JMJ (Cracóvia 2016).

“Caros amigos, novamente lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar sempre com minhas orações”, concluiu o Papa.

Francisco, já com a sua pasta preta, voltaria ao palco para deixar um pedido: “Rezem por mim”.

OC

 

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Agência ECCLESIA

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