Fátima, Santarém, 26 jul 2013 (Ecclesia) – O cónego João da Silva Peixoto apresentou esta quinta-feira o tema – ‘A Liturgia da Igreja a 50 anos do Concílio’ – aos agentes que participam no 39. Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, em Fátima.
O professor da Universidade Católica sublinhou que o Concílio Vaticano II (1962-1965) não foi convocado porque “havia novas e graves heresias a requerer discernimento e clarificação doutrinal” mas porque era necessária uma “renovação” da Igreja para estar preparada para o diálogo “com o mundo contemporâneo”.
Os trabalhos deste concílio começaram com a Liturgia e à volta desta a Igreja encontrou-se a si mesma “como comunhão, convergência, caminho em conjunto”, por isso “ofereceu” ao mundo “a constituição Sacrosanctum Concilium” (SC).
Segundo o especialista, a renovação litúrgica “configurou-se como o fruto mais visível de toda a obra conciliar”.
O encontro de Fátima convidou ao aprofundamento do alcance das reformas introduzidas pelo Concílio Vaticano II, com o tema ‘A Liturgia, cume e fonte da vida cristã’.
O cónego e professor no Porto assinalou que a 50 anos do Concílio ainda é preciso caminhar para “traduzir na prática essa certeza de que é Cristo que fala quando na Igreja se proclamam as Escrituras”.
Desta forma, é necessário não fechar os ouvidos e treinar a “arte” de escutar, desde que Ele não seja “inaudível” por uma “deficiente proclamação”.
Quanto a esta “escuta”, o interveniente destacou o património de “imensa valia” litúrgica no canto e na música: “canto gregoriano, na polifonia clássica, na grande música coral sinfónica do barroco ao romantismo, no repertório organístico”.
Para o futuro e salvaguarda deste património, o cónego João da Silva Peixoto, apresentou cinco propostas, como “não desistir da formação, investir em centros de referência” ou “continuar a promover e apoiar o trabalho dos compositores”.
CB/OC