Portugal: Patriarca de Lisboa diz que crise política mostrou necessidade de diálogo

D. Manuel Clemente comentou ainda visita do Papa ao Brasil

Lisboa, 23 jul 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa disse hoje na capital portuguesa que a recente crise política no país permitiu abrir caminhos de diálogo, apesar do falhanço das negociações do acordo de salvação nacional.

“A vida continua e a política também e eu acho que a semana passada teve como ganho que representantes de três partidos (PSD, PS e CDS-PP) que representam grande parte do eleitorado português efetivamente se encontraram-se, conversaram, ouviram e ouviram muitas horas”, declarou D. Manuel Clemente, falando aos jornalistas.

Segundo o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, “a política continua”, pelo que é necessário que esse balanço “agora se acentue”, porque o país precisa de se “entender”.

“Não é tempo perdido, acho que ganharam balanço”, acrescentou, a respeito das conversações promovidas entre os partidos que subscreveram o memorando de entendimento.

D. Manuel Clemente abordou ainda a visita de Francisco ao Brasil, que se iniciou esta segunda-feira, sublinhando que este é um Papa “que se expõe” e “não fica à espera que vão ter com ele”.

Para o patriarca de Lisboa, a Jornada Mundial da Juventude que hoje se iniciou é “algo muito importante”: “Nunca se vem de lá como se foi”.

D. Manuel Clemente falava à margem da apresentação do livro-entrevista “Uma casa aberta a todos”, do jornalista e diretor da Agência ECCLESIA, Paulo Rocha.

“Sinto-me perfeitamente, porque acho que é isto que é fundamental, que a Igreja também seja uma casa aberta para todos”, disse o patriarca de Lisboa, para quem “Cristo não exclui nem tem fronteiras”.

LFS/OC

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