JMJ 2013: Fé tem «consequências sociais»

Missa de abertura juntou mais de 400 mil de pessoas na Praia de Copacabana

Rio de Janeiro, Brasil, 23 jul 2013 (Ecclesia) – O arcebispo do Rio de Janeiro convidou hoje os participantes na 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorre desde hoje na cidade brasileira, a serem “protagonistas de um mundo novo”.

“O entusiasmo juvenil por todos os cantos demonstra o rosto do jovem cristão, que procura unir o testemunho de uma vida autenticamente cristã com as consequências sociais do Evangelho”, disse D. Orani João Tempesta na homilia da missa de abertura da JMJ 2013, que reuniu mais de 400 mil participantes na Praia de Copacabana, segundo estimativa da Polícia Municipal, para além de autoridades eclesiásticas, civis e militares.

O rosto da preparação desta jornada, nos últimos dois anos, saudou os presentes e disse que o mundo “precisa” do seu testemunho de fé.

“Somos chamados a viver profundamente a fé nesse tempo plural e de tantos questionamentos, nesta mudança de época, mas com o entusiasmo e a coerência de quem se deixa conduzir pela ação do Espírito Santo”, observou o arcebispo do Rio.

Sem fazer referência direta à recente onda de manifestações no Brasil, D. Orani Tempesta falou numa sociedade que espera que a “sua crise de valores tenha uma solução”.

“Andem por esta cidade, testemunhem Jesus Cristo, comprometam-se com o mundo novo, contagiem todos com a alegria e a paz de Cristo, como sentinelas da manhã, trabalhando na renovação do mundo à luz do plano de Deus”, pediu.

O prelado admitiu que existem “muitas barreiras e injustiças para superar”, mas pediu que os jovens católicos saibam “construir pontes” e “testemunhar a solidariedade, a partilha”.

D. Orani Tempesta destacou, por outro lado, a importância desta iniciativa para o Rio de Janeiro, que por estes dias é “o centro da Igreja, viva e jovem”.

“Sejam todos bem-vindos! Esta cidade maravilhosa tornou-se ainda mais bela”, referiu.

Segundo a organização da JMJ 2013, no Rio de Janeiro estão peregrinos de 175 países, com mais de 355 mil inscritos, vindos em particular do Brasil, Argentina e Estados Unidos da América.

O arcebispo local falou numa “revolução de amor” neste momento: “O outro é Cristo para nós! O outro é nosso irmão! Que isso ressoe pelo mundo! Somos chamados a viver construindo um mundo de irmãos”.

“Que possamos ser arautos da paz e da concórdia, conclamando o mundo a viver a santidade que brota do Redentor do Homem”, acrescentou.

O responsável máximo pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro disse que a Igreja local “acolheu com grande responsabilidade” a escolha feita por Bento XVI, anunciada pelo Papa emérito em Madrid, em agosto de 2011.

A jornada, no entanto, será presidida por Francisco, primeiro Papa latino-americano da história, que vai ser acolhido na mesma praia de Copacabana na quinta-feira para entrar “este Santuário Mundial da Juventude” em que se transformou esta cidade nestes dias o Rio de Janeiro, segundo D. Orani João Tempesta.

O prelado convidou os participantes a “ir ao encontro dos demais jovens”, como missionários: “O melhor presente a darmos às outras pessoas é a presença de Cristo, que nos preenche e nos impulsiona a amar e a nos doar, sempre no diálogo fraterno”.

No final da missa, o presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, cardeal Stanislaw Rylko, responsável pela organização das Jornadas Mundiais da Juventude, disse aos presentes que têm pela frente “dias inesquecíveis, dias de importantes descobertas, dias de escolhas decisivas”.

OC

 

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