Beja: Festival «Terras Sem Sombra» é cada vez mais um projeto «da comunidade» alentejana

José António Falcão saúda «progresso» do certame diocesano desde 2003 e deixa boas perspetivas para o futuro

Beja, 17 jul 2013 (Ecclesia) – A Diocese de Beja diz que o festival “Terras Sem Sombra”, que terminou este domingo em Sines, tem tudo para continuar a ser uma aposta no futuro, com o apoio das “forças vivas da região”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o diretor geral do certame salienta que uma ideia que “começou por ser para a comunidade” alentejana, transformou-se “dez anos depois” num projeto “da comunidade” alentejana.

Para José António Falcão, “o progresso” do festival desde 2003 tem sido “evidente”, quer em termos da adesão das pessoas e do “apoio das gentes das terras”, quer também em termos de projeção nacional e internacional.

“O Terras sem Sombra está já inscrito em lugar de destaque no calendário da música europeia e o seu contributo para a internacionalização do Alentejo tornou-se significativo a vários níveis”, realça o coordenador do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

Outro motivo de esperança tem a ver com o facto de “várias” cidades e vilas alentejanas já terem manifestado o seu interesse “em aderir” ao projeto e se tornarem “localidades-âncora” de um festival que tem na itinerância um dos seus maiores trunfos.

A 9.ª edição do certame, que combina a música clássica com a promoção do património e a defesa da biodiversidade alentejana, terminou este sábado com um concerto em Sines que permitiu a “estreia nacional” da soprano Maria José Moreno e do grupo “Camerata Boccherini”.

O diretor artístico do festival, Paolo Pinamonti, faz um balanço positivo dos concertos deste ano, que deram continuidade ao “nível de exigência” que a organização traçou desde o início do projeto.

Nos últimos 10 anos, através do “Terras Sem Sombra”, passaram pelos “palcos do Alentejo repertórios e artistas de grande importância internacional, com a apresentação de importantes obras da história da música, algumas das quais nunca antes ouvidas em solo português”, salienta o antigo diretor do Teatro Nacional de São Carlos.

O último espetáculo do festival, na igreja matriz do Santíssimo Salvador, ficou marcado por “uma das melhores atuações da temporada musical” em Portugal, sob a égide da soprano espanhola Maria José Moreno e do quinteto de cordas Camerata Boccherini.

Através da apresentação de obras raras do compositor Luigi Boccherini (1743-1805), os artistas levaram as centenas de pessoas presentes numa “verdadeira viagem até ao âmago da grande tradição do século XVIII” destaca Paolo Pinamonti.

No domingo, como habitualmente, a organização do “Terras Sem Sombra” envolveu músicos e comunidade em geral numa ação de defesa do ambiente e da biodiversidade, outra das imagens de marca do certame.

A última atividade levou os participantes até ao porto de Sines, onde tiveram a possibilidade de observar a forma como o trabalho das indústrias pesqueiras é conciliado com a necessidade de proteger os recursos naturais da região.

JCP

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