Papa: Ninguém é inútil na Igreja

Francisco sublinha que todos os católicos «são iguais» perante Deus, na última audiência pública antes da pausa de verão

Cidade do Vaticano, 26 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje à última audiência pública semanal antes da pausa de verão nestes compromissos, e disse às dezenas de milhares de pessoas presentes na Praça de São Pedro que ninguém é “inútil” ou “secundário” na Igreja.

“Ninguém é inútil na Igreja, ninguém é inútil”, sublinhou Francisco, na sua catequese.

Após ter afirmado que “ninguém é secundário” e que, na Igreja, são todos “necessários” e “iguais aos olhos de Deus”, Francisco utilizou o seu habitual estilo de diálogo com a multidão, admitindo que alguns questionassem se o Papa não era mais importante do que os outros.

“Sou como cada um de vós, todos somos iguais, todos somos irmãos, ninguém é anónimo”, respondeu, numa intervenção interrompida pelos aplausos dos presentes.

“Todos formamos e construímos a Igreja”, acrescentou.

Segundo o Papa, a Igreja não é “uma mistura de coisas e interesses”, mas é “o templo do Espírito Santo, o templo em que Deus atua”.

“Estamos todos na Igreja, ajudamos a construí-la e isso deve fazer-nos refletir, porque se não há um tijolo, algo falta na casa”, observou.

Francisco alertou ainda para os cristãos “cansados, aborrecidos, indiferentes”, pedindo que mudem a sua atitude.

O Papa deixou uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa: “Saúdo-vos como pedras vivas do edifício espiritual que é a Igreja, encorajando-vos a permanecer profundamente unidos a Cristo para que, animados pelo seu Espírito, possais contribuir na edificação de uma Igreja cada vez mais bela”.

Francisco cumprimentou ainda o cardeal Salvatore De Giorgi, que celebra 60 anos de ordenação sacerdotal e 40 anos de bispo, pedindo aos presentes um aplauso por “todo o bem que fez à Igreja”.

As audiências gerais que todas as semanas juntam milhares de pessoas na Praça de São Pedro, à quarta-feira, vão estar suspensas em julho e serão retomadas a 7 de agosto.

As alterações estendem-se à missa que o Papa tem celebrado de manhã, na capela da Casa de Santa Marta, com funcionários do Vaticano e da Santa Sé, momento que vai terminar a 7 de julho e reiniciar-se no começo de setembro.

A 14 de julho, domingo, Francisco vai presidir à oração do Angelus no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, arredores de Roma, a habitual residência de verão dos Papas, que este ano não terá essa função.

O Papa decidiu passar os meses de verão na Casa de Santa Marta, no Vaticano, onde reside desde a sua eleição pontifícia.

A agenda de Francisco inclui uma viagem ao Brasil, para participar na Jornada Mundial da Juventude 2013 no Rio de Janeiro, entre 22 e 28 de julho, com regresso a Roma no dia 29 desse mês.

OC

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