Francisco defendeu também necessidade de proteger a vida «em todas as suas fases»
Cidade do Vaticano, 19 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa lançou hoje um apelo em favor dos refugiados, mais de 45 milhões em todo o mundo, recordando em particular as famílias que foram obrigadas a deixar a sua casa.
“Não podemos ser insensíveis perante as famílias e todos os nossos irmãos e irmãs refugiados: somos chamados a ajudá-los, abrindo-nos à compreensão e à hospitalidade”, disse, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal.
Francisco falava a respeito do Dia Mundial do Refugiado, que se celebra anualmente a 20 de junho, por iniciativa da ONU.
“Este ano, somos convidados a considerar especialmente a situação das famílias refugiados, muitas vezes obrigadas a deixar à pressa a sua casa e a sua pátria e a perder todos os bens e segurança”, explicou.
O Papa lembrou os que têm de fugir da violência, perseguições ou “graves discriminações por causa da religião que professam, da sua pertença a um grupo étnico, das suas ideias políticas”.
Segundo o balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), havia pelo menos 45 milhões de refugiados em finais de 2012, o que representa o número mais elevado das últimas duas décadas.
O português António Guterres, secretário-geral do ACNUR, revelou que a cada 4,1 segundos há um novo refugiado.
“Que não faltem no mundo pessoas e instituições que os assistam (refugiados): no seu rosto, está impresso o rosto de Cristo”, pediu hoje o Papa.
Francisco destacou que, para além dos “perigos da viagem”, as famílias de refugiados “estão em risco de desagregação e, no país que os acolhe, têm de confrontar-se com culturas e sociedades diferentes da sua”.
O Papa lançou ainda um apelo em favor da defesa da vida, lembrando a celebração do último domingo, inserida no Ano da Fé (outubro de 2013-novembro de 2013), dedicada ao tema ‘Evangelho da Vida’.
“Gostaria de dirigir mais uma vez de convidar todos a acolher e testemunhar o Evangelho da Vida, a promover e defender a vida em todas as suas dimensões e em todas as suas fases”, declarou.
Francisco realçou que o cristão tem de ser alguém que diz ‘sim” à vida e a “Deus, o vivente”.
OC
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