Vaticano: Crianças com dificuldades psicossociais foram de comboio para ver o Papa

Iniciativa promovida pelo Conselho Pontifício da Cultura reuniu Francisco e menores de várias nacionalidades

Cidade do Vaticano, 23 jun 2013 (Ecclesia) – O Vaticano recebeu hoje o “comboio das crianças” que levou 450 menores com dificuldades psicossociais e seus acompanhantes de Milão a Roma, para um encontro com o Papa, após a oração do Angelus.

Francisco foi rodeado pelos menores, aos quais perguntou se não tinham medo do calor, depois de lhes desejar um “lindo dia” e ter querido saber como correra a viagem.

As crianças, provenientes de várias cidades italianas e de diferentes nacionalidades, presentearam o Papa com os seus desenhos e os pequenos trabalhos didáticos realizados durante a primeira fase do projeto.

O comboio “Frecciargento” (Flecha prata), que tinha partido de Milão às 07h30 locais (menos uma em Lisboa), chegou à Estação do Vaticano às 11h10, tendo feito paragens em Bolonha e Florença para apanhar outros passageiros, todos acolhidos em Roma por outras crianças.

O objetivo do projeto promovido pelo Conselho Pontifício da Cultura (CPC) visa “promover a experiência direta da criação artística, aproximar os mais pequenos da comunicação visual e da linguagem das imagens”, adiantou o Serviço de Informação do Vaticano, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A iniciativa insere-se no ‘Átrio dos Gentios’ que o CPC tem dinamizado em várias cidades do mundo, incluindo uma passagem por Braga e Guimarães em 2012, para promover o diálogo entre crentes e não crentes.

Neste contexto, nasceu o ‘Átrio das Crianças’, apresentado como “um espaço significativo dedicado à construção dos valores universais”, através de iniciativas didáticas e formativas.

O ‘Comboio das crianças, uma viagem através da beleza’, em parceria com os caminhos de ferro da Itália, quer propor “itinerários educativos e artísticos”.

As crianças que integram a iniciativa são “marcadas por dificuldades que dificultam a sua integração na sociedade”.

O cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do CPC, disse aos jornalistas que a atenção às crianças nasceu da convicção de que nelas “está a raiz” para a construção de uma “geração de jovens que ainda tenha a beleza da criatividade, que não pareçam velhos desde o começo”.

“As religiões, no fundo, têm este propósito fundamental: ensinar a combinar, declinar continuamente o futuro, isto é, a esperança”, acrescentou.

No encontro com o Papa estiveram meninos e meninas, com idades entre os 6 e 10 anos, vindos da China, Japão, Costa do Marfim, Peru, Sri Lanka, Albânia, Filipinas, Sérvia, Roménia, Ucrânia, Alemanha e Itália, acompanhadas por 164 professores, familiares e voluntários, anuncia o Vaticano.

OC

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