Grécia: Assessor de imprensa do episcopado católico diz que decisão de fechar a televisão é um «ataque à democracia»

Papel da Igreja Católica é importante no contexto da crise

Bucareste, 15 jun 2013 (Ecclesia) – Nicolas Gasparakis, assessor de imprensa da Conferência Episcopal da Grécia, considera a decisão do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, de fechar a ERT, televisão e rádio públicas, “um ataque à democracia”.

“Havia problemas de gestão, de falta de dinheiro e de pequenos escândalos, mas não havia razões para fechar a televisão”, disse Gasparakis à Agência ECCLESIA em Bucareste, à margem do encontro promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa para porta-vozes dos episcopados europeus.

Para o assessor de imprensa dos bispos gregos, a ERT permitia o acesso à informação, à comunicação “da verdade” dos vários partidos políticos e “isso agora não é possível”.

Nicolas Gasparakis considerou também que a Igreja Católica, à semelhança do que fez no passado condenando correntes ideológicas, devia reagir diante dos “capitais que fazem um mau uso das leis liberais”.

“Os gregos não têm nenhuma esperança. A crise no Sul da Europa torna-se cada vez mais grave, sendo o caso da Grécia o pior”, considerou.

Para Gaspakis, “todos os países que estão em crise deveriam reagir de forma semelhante, discutindo com as forças da Europa, ou seja, com os países do Norte”.

O encerramento da ERT foi apresentada como uma decisão “temporária” do governo, apoiada apenas pelo partido do primeiro-ministro, Antonis Samaras, que preside a uma coligação, para garantir os cortes na despesa do Estado impostos pela Troika como condição para receber a tranche de 8,8 milhões de euros.

Samaras referiu-se à ERT como um “foco de opacidade e desperdício” onde estavam empregados 2700 funcionários.

PR

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