Intervenção no Conselho dos Direitos Humanos alerta para visões fundadas na prevalência da força militar
Genebra, Suíça, 08 jun 2013 (Ecclesia) – O representante da Santa Sé no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra (Suíça), afirmou que a paz mundial está mais ameaçada pelo “medo” do que pela guerra.
“O medo tornou-se o denominador comum entre ricos e pobres, entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento, entre potências militares e aqueles que são menos afortunados”, disse o arcebispo Silvano M. Tomasi, na 23ª sessão do referido conselho, que se prolonga até ao próximo dia 14.
A intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, sustentou que a “violência, a injustiça e a vontade de poder dentro da sociedade e entre as nações” mais não fazem do que “multiplicar os ricos de guerra e de conflitos”.
“A paz e a segurança não podem ser asseguradas sem a paz e a segurança dos outros”, declarou o prelado italiano.
O representante da Santa Sé observou que se paz dependesse de poderio militar, “os vários povos não teriam sofrido tantas guerras, mortes, ruínas e ódio destruidor”.
“Sem fundamentos económicos, políticos, culturais e espirituais sólidos, a paz será uma miragem para espíritos ingénuos: os que se querem fundar exclusivamente na força e no equilíbrio de forças estão enganados”, acrescentou.
Em conclusão, o arcebispo Tomasi afirmou que a guerra é uma “derrota” para cada pessoa e toda a humanidade: “A guerra é a ilusão de que podemos defender ou construir uma sociedade sã ou melhor enquanto se infligem aos outros sofrimentos indescritíveis”.
OC