Organizações católicas ajudam mais de 400 mil pessoas na região
Cidade do Vaticano, 06 jun 2013 (Ecclesia) – O Vaticano alertou hoje para o agravamento das condições de vida da população síria, por causa da aproximação do verão, e para os “níveis inqualificáveis” de violência no país.
“Com a chegada do verão, aumentam certamente os riscos de epidemias, de falta de medicamentos e de assistência para a população afetada, em particular as grávidas, crianças, idosos e deficientes”, refere um comunicado do Conselho Pontifício ‘Cor Unum’, responsável pela coordenação das organizações caritativas na Igreja Católica.
A instituição promoveu um encontro de dois dias, no Vaticano, para debater a situação na Síria e referiu, no final dos trabalhos, que este país vive atualmente “um dos conflitos armados mais letais, com mais vítimas civis em relação aos militares, com o maior número de deslocados e refugiados”.
“A violência e todos os tipos de abuso atingiram níveis inqualificáveis, sem qualquer consideração pela dignidade humana”, observa o Conselho Pontifício.
Os representantes das mais de 25 instituições presentes no encontro revelaram que a Igreja Católica oferece ajuda regular a “mais de 400 mil pessoas”, num total de mais de 25 milhões de euros.
Outros números apresentados visaram dar conta da “dimensão do drama” vivido pelos sírios, após mais de dois anos de conflito: cerca de 7 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária, há mais de quatro milhões e meio de deslocados internos e “cada vez mais pessoas procuram proteção fora do seu país”.
Perante uma situação tida como “alarmante”, o Conselho Pontifício ‘Cor Unum’ (um só coração) lança um apelo por apoio económico para os “esforços de assistência humanitária e busca de paz” na reconstrução de um país “desgarrado e destruído”.
“A comunidade internacional deve oferecer mais apoio aos países que acolhem refugiados e às operações humanitárias para responder assim às necessidades crescentes”, refere a nota oficial.
O Vaticano sustenta que é necessária uma mediação “ainda mais decidida” para evitar que a Síria venha a viver “uma nova guerra infinita”.
OC