Fátima, Santarém, 31 mai 2013 (Ecclesia) – A Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (CNPS), ligada à Igreja Católica, quer “renovar estruturas e métodos” de modo a responder de forma mais eficaz a desafios como a crise económica e social.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, aquele organismo mostra-se empenhado em “abrir um novo ciclo”, que favoreça uma ligação mais estreita com a “Pastoral Social”, no apoio a pessoas e comunidades, sobretudo as mais carenciadas e isoladas.
Para concretizar este objetivo, a CNPS vai começar por “propor à Comissão Episcopal da Pastoral Social”, da qual é dependente, “uma solução de continuidade, com novos corpos dirigentes na coordenação nacional”.
A decisão foi tomada durante o 25.º Encontro Nacional de agentes de Pastoral Social, que terminou esta sexta-feira em Fátima, e que teve como tema “A Arte de Cuidar”.
“Desenvolver a presença da Igreja nos hospitais e clínicas” e a qualidade dos serviços prestados, quer a nível espiritual quer físico, é uma das principais metas a atingir no futuro pela CNPS.
As conclusões do encontro apontam para a necessidade de uma aposta mais efetiva na “formação” de assistentes espirituais e de voluntários, na promoção do ecumenismo e do diálogo inter-religioso e de uma política de “maior corresponsabilidade” dentro das instituições que têm como missão garantir a recuperação “integral” das pessoas.
Sublinham também a importância da Pastoral da Saúde reforçar as “relações estruturais” com diversas áreas pastorais da Igreja Católica, como por exemplo com as vertentes ligadas à família e aos jovens, para além da já referida aproximação à Pastoral Social.
“Em todas estas áreas, a saúde é um valor a proteger, a promover e a recuperar”, sublinha a CNPS, que chama a atenção para a urgência de encontrar soluções para contrariar “as quebras violentas na natalidade” e melhorar a “educação dos comportamentos” dos jovens, “sobretudo ao nível de consumos, da alimentação e do exercício da sexualidade”.
Os responsáveis desta Comissão Nacional querem ainda “dar colaboração efetiva a todas as iniciativas lançadas pelo Ministério da Saúde ou por outras instituições, para garantir mais e melhor saúde das populações”.
Aqui estão incluídas iniciativas como o apoio a “grupos de dadores” de sangue, “em cada zona do país, a “formação das pessoas para proteger crianças e idosos das condições climatéricas adversas” e a colaboração com “programas de prevenção a epidemias, quando lançados pela Direção Geral da Saúde”.
“Em comunhão profunda com o Papa Francisco, neste tempo de renovação da Igreja e em união com o Bispo de cada Diocese, estes profissionais de saúde e voluntários comprometem-se a colocar a Igreja, presente e atuante, no difícil mundo da saúde”, reforçam os membros da CNPS.
JCP