Fátima: «Seria um desperdício não acreditar»

Grupo de 380 peregrinos de Paredes a caminho do Santuário mariano

Pombal, 11 mai 2013 (Ecclesia) – Um grupo de 380 pessoas integram a peregrinação que há mais de 30 anos a Obra da Caridade ao Doente e ao Paralítico, de Paredes, realiza ao Santuário de Fátima.

“É um desperdício não acreditar. É o que nos dá sabor à vida. O que seriamos nós sem Deus?”, afirma à Agência ECCLESIA Sofia de Nunes Brito prestes a completar a sua 41ª peregrinação.

Desde que ficou curada de um cancro, esta senhora de 79 anos nunca deixou de ir a pé a Fátima.

“Enquanto eu puder fazer este sacrifício sem nunca me queixar, pela conversão dos pecadores, e pela minha que também sou pecadora, irei sempre”, afirma a senhora antecipando a chegada ao Santuário como “chegar à casa da mãe na terra”.

Também João Manuel Sousa, do Canidelo, em Vila Nova de Gaia, nunca mais deixou de ir quando numa viagem entre Barcelona e a sua terra viu um grupo de peregrinos a caminho de Compostela.

“Era o incentivo que eu precisava”, conta este senhor de 53 anos, no meio da sua 10ª peregrinação.

“Vou agradecer mais um ano da minha vida a Nossa Senhora. Ela tem-me feito coisas boas, e é mais um incentivo”, diz, levado pela fé.

A cada ano é um “ansiedade que se instala”: “os meses que antecedem maio parecem uma eternidade”, conta e apesar do cansaço do caminho “a proximidade ao Santuário faz esquecer as dores”.

“Há qualquer coisa que transcende, o cansaço alivia-se”, recorda das chegadas a Fátima.

“Parece que algo se solta em mim, é um alívio todo o ano sob pressão e stress e em Fátima parece que estamos noutro mundo, vamos carregar baterias porque o ano não é fácil”.

Dirce-lea Pereira, de 62 anos, diz que no dia da inscrição para a peregrinação a Fátima não resiste.

“Faço esta peregrinação há seis anos e se não vier fica um bichinho cá dentro a pensar devia ter vindo”, conta esta senhora da Madalena, Vila Nova de Gaia, à Agência ECCLESIA.

“As coisas mais importantes que tenho pedi a Nossa Senhora”, conta esta peregrina sublinhando que pelo caminho renova a fé para “o resto do ano”.

Manuela Ferreira diz que encontra durante o caminho as motivações para participar.

“Em pequenos momentos vou descobrindo porque estou aqui: pelas experiências que vou partilhando, vivendo, são momentos enriquecedores para o ser humano”, conta esta senhora de 44 anos que tirou férias para fazer a sua quinta peregrinação.

“Eu fico feliz por cada 13 maio que passo em Fátima, porque Nossa senhora pediu aos pastorinhos para rezarem e só quem lá está consegue sentir paz. É bom espiritualmente”.

O pároco de Nossa Senhora da Boavista e responsável pela Associação de Paredes, padre Feliciano Garcês, partilha o caminho há 15 anos e conta ter havido uma “evolução” nos motivos dos peregrinos.

“Há muitos anos era habitual ouvir que vinham para cumprir uma promessa, por causa de um momento de dor ou de desespero”, recorda, mas atualmente a experiência do caminho e a oração parecem ser razões suficientes.

Uma máquina bem oleada na organização da peregrinação que saiu de Paredes conduz 380 pessoas ao Santuário de Fátima para participar na Peregrinação Internacional Aniversaria de 12 e 13 de maio.

MD/LS

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