Jornal “A Guarda” celebrou o primeiro centenário «A Guarda» – Semanário católico regionalista – celebrou, dia 15 de Maio, 100 anos de vida. Fundado em 1904, “sob a protecção” de D. Manuel Vieira de Matos, este jornal procurou “estar ao serviço do Evangelho e do bem do homem desta região interior” – sublinha D. António dos Santos, Bispo da Guarda, no suplemento comemorativo. O ser católico identifica o jornal “A Guarda”, sem o tornar porta-voz oficial da Igreja. O ser regionalista exige uma atenção permanente à Região, aos seus valores culturais, religiosos e morais, às suas dificuldades e capacidades. Nesta oportunidade festiva, D. António dos Santos deseja ao jornal da sua diocese “que se valorize, cada vez mais, como grande imprensa”. Esta mede-se pela transformação que procura “imprimir no nosso mundo”. No suplemento do centenário, vários articulistas sublinham o papel fulcral desempenhado ao longo dos tempos. O Governador Civil da Guarda, Joaquim Lacerda, realça mesmo: “a qualidade e sentido critico valeu-lhe, por vezes, a cor azul de um lápis, rasurando aquilo que para alguns não convinha”. Perante as dificuldades da época – salienta Joaquim Lacerda – foi “impresso com diferentes nomes e em diferentes locais do país” mas “os seus textos de referência eram gerados na Guarda, assumindo um papel de defesa dos direitos fundamentais do cidadão da Guarda e das suas gentes”. O cardeal Saraiva Martins, é natural da diocese da Guarda mas exerce o seu múnus pastoral no Vaticano, acentua que o vínculo que se estabelece “entre um órgão de informação e os seus leitores vai muito além de uma simples relação comercial”. O homenageado conseguiu tornar-se “uma presença amiga na vida pessoa” e a saída de cada número “transforma-se num encontro esperado” que provoca uma “emoção sempre nova”. A cidade e a diocese da Guarda “bem merecem este vigilante reincidente no olhar da realidade e no desenho urgente da história do futuro” – menciona o Pe. António Rego, Director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.