Bispo associa este «aumento de participação» a um «trabalho de evangelização que começa a ser feito e que tem de ser solidificado»
Bragança, 24 abr 2013 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda diz que a prática religiosa no Nordeste transmontano está a crescer e destaca a adesão das pessoas “às celebrações litúrgicas e especialmente “ao sacramento da reconciliação”.
Em entrevista ao jornal “Mensageiro de Bragança”, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. José Cordeiro associa este “aumento de participação” a um “trabalho de evangelização que começa a ser feito e que tem de ser solidificado”.
O objetivo da Igreja Católica é que “nenhum daqueles que se diz cristão possa viver sem o domingo, sem a pertença à comunidade e sem a participação semanal na eucaristia”, salienta o prelado.
D. José Cordeiro teve oportunidade de constatar a evolução positiva das comunidades católicas durante a visita pastoral que está a efetuar à Diocese e que tem como prioridade acompanhar a implementação das novas unidades pastorais aprovadas em junho de 2012.
O novo organigrama da Diocese juntou 326 paróquias em 40 unidades pastorais e comunidades que até então eram administradas apenas por um sacerdote passaram a ser geridas por um grupo de padres.
Para além de contribuir para uma distribuição mais eficiente do pouco clero disponível, devido à falta de vocações, a medida favoreceu também o trabalho pastoral dos leigos dentro das respetivas unidades pastorais.
O bispo está convicto de que o projeto vai ajudar a “renovar a presença da Igreja no território” e fazer com que as pessoas se sintam cada vez mais “porção do povo de Deus”.
Um objetivo que depende também da capacidade da Igreja em reforçar os vínculos dos fiéis com Deus, sobretudo entre os mais novos, que muitas vezes “se afastam” depois de receberem o crisma.
“Se calhar a Igreja precisa de fazer mais propostas, e propostas mais concretas para que a fé seja mesmo permanente, seja ao longo de toda a vida, para termos adultos na fé”, admitiu.
D. José Cordeiro salientou ainda que só apostando na transmissão de uma fé forte e esclarecida é que a Igreja poderá contar com “vocações decididas”.
MB/JCP