D. Jorge Ortiga pede missas «mais alegres pela música e pela participação», a par de «horas de adoração, retiros» e «momentos de silêncio»
Vizela, Braga, 15 abr 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga pediu este sábado aos jovens para imitarem o Papa Francisco no seu “estilo de renovar a Igreja”, dando-lhe “um rosto novo, mais belo e atraente”.
Na homilia da missa a que presidiu em Vizela, publicada na página da arquidiocese, D. Jorge Ortiga sublinhou que a reforma das estruturas católicas não pode ser feita “através dum verniz exterior que as intempéries das mudanças rapidamente fazem esvanecer”.
“Importa voltar à raiz e dar-lhe [à Igreja] a consistência necessária para aguentar todas as intempéries”, frisou na missa do Dia da Juventude do arciprestado vizelense, acrescentando que “a raiz da mudança” está em “admitir a necessidade de Deus”.
Para o arcebispo primaz o “essencial” está no “encontro amigo” e constante com Cristo, o que implica tornar as missas “mais alegres pela música e pela participação”, a par de “horas de adoração, retiros” e “momentos de silêncio”.
D. Jorge Ortiga referiu-se às “desculpas” de jovens e adultos que afirmam “ter fé” mas não acreditam “nos padres ou na Igreja”: “Na verdade, em virtude do batismo, todos nós somos Igreja”.
O prelado convidou os participantes na celebração a espalharem “o tesouro, antigo e sempre novo da fé”, e ao mesmo tempo resistirem à “sedução dos filósofos do egoísmo e do prazer, do desespero ou desencanto, do cansaço ou do desencanto”.
“Aderi aos movimentos juvenis e multiplicai os grupos de jovens. Investi em caminhos de fé, dum modo autêntico e renovado”, apelou.
O também presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana pediu à juventude para não esquecer a sociedade: “Sede uma voz positiva, desinstalai-vos e desinstalai, e gritai a necessidade dum mundo novo”.
Entre os desafios que o Concílio Vaticano II (1962-1965) lança aos jovens está o convite a que recorram “corajosamente” a todas as suas “energias” ao “serviço dos que mais necessitam”, recordou D. Jorge Ortiga.
RJM