Turismo Religioso é «produto estratégico»

Igreja Católica reagiu ao novo Plano Nacional apresentado pelo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro dos Santos Pereira

Lisboa, 03 abr 2013 (Ecclesia) – A Igreja Católica está satisfeita com o facto de o Turismo Religioso passar a ser um “produto estratégico” no âmbito do novo Plano Nacional de Turismo, apresentado esta terça-feira, em Lisboa, pelo ministro da Economia e do Emprego.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, a Obra Nacional da Pastoral do Turismo, da Igreja, recorda que a elevação do estatuto tinha sido sugerida ao Turismo de Portugal em julho de 2012, bem como no início deste ano, aquando do período de discussão pública do programa.

O documento agradece “o precioso contributo” dos deputados que promoveram esta alteração no Plano Nacional Estratégico de Turismo (PENT).

A prioridade dada ao setor, que segundo a declaração também beneficia outras religiões, reconhece a “diversidade do património cultural religioso, material e imaterial”, traduz a “importância das peregrinações, num país rico de santuários” e reflete a “diversificação de ofertas” que abrangem a “expressão de fé” dos turistas.

O texto assinado pelo diretor da Obra Nacional realça que a Igreja deve prosseguir o “trabalho absolutamente necessário de disponibilização qualitativa do seu património” e manifesta a esperança de que as instituições católicas possam “contar com a colaboração do Turismo de Portugal, e respetivas entidades regionais”.

O comunicado expressa a disponibilidade da Igreja “para uma mais estreita colaboração” com todas as entidades envolvidas no setor, “a bem do desenvolvimento do turismo” e da afirmação da “identidade portuguesa, eminentemente cristã, ainda que com marcas evidentes de outras religiões”, aponta o padre Carlos Godinho.

Dos nove “fatores de competitividade” de Portugal definidos no novo PENT, que a Agência ECCLESIA consultou, são mencionados o “património religioso” e Fátima, “local de peregrinação do culto mariano”.

“Os principais produtos para a região de Lisboa são as estadias de curta duração em cidade, os circuitos turísticos, em particular os que envolvem circuitos ou peregrinações a Fátima”, lê-se.

O plano individualiza o Turismo Religioso e salienta que entre os “principais mercados emissores de circuitos” estão “os países do leste europeu para o segmento de turismo religioso/peregrinações”.

O novo PENT, que o Governo assume como uma “revisão” da estratégia de desenvolvimento turístico “no horizonte de 2015”, tem “objetivos mais claros, realistas e orientados para os resultados”, disse o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, no lançamento do programa.

O programa resulta das mudanças para o setor aprovadas pelo programa governamental, além de se adaptar ao “crescimento económico bastante moderado da economia europeia, principal emissora de turistas para Portugal”.

“A realidade demonstrou que a definição dos objetivos feita na aprovação do PENT em 2007 não foi realista, uma vez que os resultados ficaram muito aquém do esperado”, refere o texto.

RJM

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