Frei Vítor Melícias apresenta prioridades do capítulo provincial que decorre em Braga
Lisboa, 02 abr 2013 (Ecclesia) – O responsável máximo pela Ordem dos Frades Menores (franciscanos) em Portugal afirmou que a mensagem de São Francisco de Assis (c. 1181-1226) tem uma “enorme atualidade” que os religiosos querem manter.
“O carisma, a força espiritual dinamizadora de São Francisco de Assis tem uma enorme atualidade porque ele é o pregador da fraternidade”, do respeito pelos direitos humanos e da natureza, referiu frei Vítor Melícias em entrevista ao programa ECCLESIA (RTP2).
Os franciscanos portugueses iniciaram esta segunda-feira o seu capítulo provincial, uma assembleia deliberativa que decorre até sábado no Convento de São Boaventura, em Montariol (Braga), e congrega cerca de 50 participantes.
“Os Franciscanos são herdeiros de uma identidade cultural e espiritual que se identifica muito com a identidade cultural do povo português, são irmãos peregrinos”, assinala o padre Melícias, ministro provincial em final de mandato.
Este responsável destaca o facto de o novo Papa ter escolhido o nome Francisco, inspirado no santo de Assis, e deixa votos de que o pontificado do sucessor de Bento XVI promova “uma mudança, serena, a favor de um futuro de esperança”.
“A Igreja não pode ser um povo a olhar para trás, um povo parado”, sustenta.
[[v,d,3874,]]Segundo o religioso, a comunidade católica tem de ser renovar “permanentemente” como fez São Francisco de Assis, o qual convidou a “viver o Evangelho, na sua pureza”.
“Neste século, neste milénio, o que precisamos de descobrir antes de mais é que nós somos todos irmãos: não criemos divisões nem separações, dentro ou fora da Igreja”, prossegue.
A Província Portuguesa da Ordem Franciscana tem 126 membros, a residirem em 15 fraternidades, e conta ainda com missionários na Guiné-Bissau, Cabo Verde e África do Sul.
Frei Vítor Melícias admite que a ordem se “reduziu em número de irmãos”, mas acredita que “aumentou em apelo, em interpelação”.
O capítulo visa definir “linhas programáticas” para o próximo triénio e vai também eleger o superior provincial e o seu conselho.
O atual responsável pela província portuguesa defende a necessidade de “dar prioridade ao apoio aos pobres” e de uma “presença missionária”, de “nova evangelização”.
PTE/OC