Publicações: Livro sobre fundador da «Ajuda à Igreja que Sofre» apresentado em Lisboa

Obra dedicada ao padre Werenfried van Straaten foi escrita por Maria Teresa Maia Gonzalez e a sua venda vai permitir apoiar refugiados da Síria

Lisboa, 22 mar 2013 (Ecclesia) – A escritora Maria Teresa Maia Gonzalez esteve quarta-feira no auditório da igreja do Campo Grande, em Lisboa, para apresentar um livro dedicado ao criador da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), padre Werenfried van Straaten.

Segundo informações publicadas na página da organização católica na internet, a autora “agradeceu o convite” que a entidade lhe dirigiu para escrever esta obra e referiu-se ao sacerdote holandês (1913-2003) como “um apóstolo de Cristo ao serviço dos que mais sofrem no mundo”. 

A publicação, intitulada “Foi por Amor – Via Sacra dos jovens com o padre Werenfried” fala sobre o trabalho do sacerdote junto dos mais desfavorecidos, sobretudo aqueles que tinham perdido tudo por causa da Segunda Guerra Mundial.

No final do conflito (1939-1945), cerca de 14 milhões de alemães desalojados, entre os quais seis milhões de católicos, estavam dispersos por antigos campos de concentração e complexos destinados a prisioneiros de guerra situados nas zonas germânicas ocupadas pelas tropas aliadas.

Uma minoria tinha também sido obrigada a instalar-se na Holanda e na Bélgica e o padre Werenfried zelou sobretudo para que estes tivessem acesso a alimentação e a cuidados médicos.

O seu empenho levou à criação da fundação internacional Ajuda à Igreja que Sofre em 1945, na cidade alemã de Konigstein, organismo que conta atualmente com delegações em 17 países, incluindo Portugal, e que apoia projetos ligados à Igreja Católica em todo o mundo.

A escritora Maria Teresa Maia Gonzalez faz do percurso do padre Werenfried um desafio para a vivência da Quaresma e fala sobretudo aos mais novos.

O monsenhor Feytor Pinto, pároco do Campo Grande e que assinou o prefácio do livro, classificou a obra como “um desafio aos mais jovens” e à sociedade em geral, para que com base em exemplos de “verdade, justiça, liberdade, perdão e amor”, proceda a “uma mudança de vida”.

“Foi por Amor” assinala o centenário do nascimento do padre Werenfried van Straaten e deve ser entendida também como “um desafio à conversão” da própria Igreja, aponta o sacerdote português.

“É necessário ter uma Igreja pobre, ao serviço dos mais pobres, e que esse é um desafio para todos”, sustentou o monsenhor Feytor Pinto, recordando também os apelos que já foram feitos pelo Papa Francisco.

Segundo a diretora da Fundação AIS, Catarina Martins, os proveitos resultantes da venda da publicação vão ser utilizados para apoiar as comunidades afetadas pela guerra civil na Síria.

Um “conflito que atingiu níveis de violência sem precedentes” e que fez com que cerca de “um milhão de pessoas” tenham sido obrigadas a viver “em campos improvisados”, lamentou aquela responsável

AIS/JCP

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