Vaticano: Primeiros dias do Papa Francisco sugerem que Igreja pode ser mais colegial

Indicações dos primeiros dias do pontificado «são excecionais», diz Manuel Oliveira, português que esteve nos bastidores do último concílio

Roma, 18 mar 2013 (Ecclesia) – Os primeiros dias do Papa Francisco sugerem que a Igreja pode ser mais colegial, considera o português Manuel Oliveira, que participou na preparação do Concílio Vaticano II (1962-1965).

O responsável declarou à Agência ECCLESIA que o Papa, ao “apresentar-se como bispo de Roma” na primeira intervenção aos fiéis reunidos na Praça de S. Pedro, esta quinta-feira, pretendeu vincar um “exercício de colegialidade”.

Depois de sublinhar que a eleição realizada durante o Conclave foi “histórica” e “diferente do passado”, Manuel Oliveira recordou que “a função do bispo de Roma é a de presidir às outras Igrejas na caridade”.

“As indicações dos primeiros dias” do Papa Francisco “são excecionais, não só por aquilo que está a mudar mas pela maneira como está a mudar, de forma muito espontânea e tranquila”, acrescentou.

O “contacto direto” com os fiéis e a missa na Capela Sistina com os cardeais, um dia depois de ter sido eleito, celebração “completamente diferente do que estava previsto”, são sinais de que “a reforma está a acontecer”, realçou.

A homilia do Papa, de “profundidade extraordinária” e proferida de improviso, opção “absolutamente original”, a par da mudança na disposição de alguns dos elementos da Capela aquando da eucaristia com o Colégio Cardinalício, manifestam “que há uma intenção de aplicar completamente as indicações do Concílio”, assinalou Manuel Oliveira.

PR/RJM

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