«O sucessor de São Pedro e os seus colaboradores são chamados a dar um testemunho claro de fé», realça Joseph Ratzinger
Cidade do Vaticano, 23 fev 2013 (Ecclesia) – Bento XVI defendeu hoje a urgência de uma liderança na Igreja Católica que seja capaz de “mostrar” ao mundo e aos homens o “bem” de Deus e que seja “reflexo” dos valores cristãos no meio da sociedade.
“O sucessor de São Pedro e os seus colaboradores são chamados a dar à Igreja e ao mundo um testemunho claro de fé e isso só é possível quando há uma relação intensa de diálogo com Deus”, alertou o Papa, numa carta dirigida ao presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi.
A missiva, publicada pela sala de imprensa do Vaticano, foi redigida no final do ciclo quaresmal de “exercícios espirituais” conduzido pelo prelado italiano para a Cúria Romana, e que teve como tema “A arte de acreditar, a arte de rezar”.
Para Bento XVI, esta iniciativa tratou-se de uma “fascinante viagem pelos salmos, com dois rumos diferentes: um ascendente e outro descendente”, que permitiu a todos os participantes “renovarem a sua arte de acreditar”.
Uma “necessidade bastante sublinhada durante o Ano da Fé que a Igreja está a atravessar e mais evidente ainda no momento atual que a Igreja Católica, e em particular o Papa, estão a atravessar”, salientou.
“Os salmos são, na verdade, fundamentalmente orientados para a face de Deus, para o mistério que muitas vezes confunde a mente humana, mas a mesma Palavra de Deus contida nos salmos permite ver as diferentes formas da revelação divina”, destacou Bento XVI.
“Ao mesmo tempo”, acrescentou, “através da luz que brota da face de Deus, rezar os salmos permite ao homem ver a face da humanidade, reconhecer a verdade humana na alegria e na tristeza, na angústia e na esperança”.
JCP