Cónego António Rego, primeiro diretor de informação da estação que completa hoje 20 anos, assegura programação religiosa
Lisboa, 20 fev 2013 (Ecclesia) – A programação religiosa atravessa a história da TVI, televisão privada que faz hoje 20 anos, e continua a mobilizar comunidades católicas em Portugal, considera o cónego António Rego, desde sempre ligado à estação.
O sacerdote foi o primeiro diretor de informação da TVI, projeto que no início recorreu a meios e financiamentos de personalidades e instituições da Igreja Católica, vínculo que cessou com a entrada de novos acionistas.
“A eucaristia dominical mantém a originalidade de percorrer Portugal todo, tendo a consciência de que uma celebração eucarística não é apenas um ato do sacerdote que preside ou do coro que canta, mas da assembleia”, frisou à Agência ECCLESIA.
Após a missa, que começa às 11h00, o programa ‘Oitavo Dia’ é frequentemente transmitido em direto de comunidades eclesiais portuguesas, onde, de maneira “simples”, as pessoas “falam de si, dos grupos a que pertencem e das atividades que têm”.
“Sou testemunha da importância que cada comunidade dá à visita feita pela TVI para a transmissão da eucaristia e do ‘Oitavo Dia’. É um acontecimento: as pessoas mobilizam-se e, por vezes, até se pinta o interior e o exterior das igrejas”, sublinhou o responsável ao referir-se ao impacto de dois dos espaços mais antigos da estação.
O sacerdote jornalista explicou que o programa, “relativamente discreto e silencioso”, procura “visitar os diversos recantos e apresentar o que lhe parecem ser as questões principais com que se defrontam os homens e os cristãos no mundo de hoje”, sendo, por isso, “um serviço que se presta à Igreja”.
“Sei que há programas muito mais bem-feitos e acabados do ponto de vista televisivo, mas há uma verdade que transpira e chega a todo o país”, salientou, acrescentando que tem sido “muito estimulante” dar a conhecer a realidade da Igreja em Portugal.
O anterior diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, ligado ao episcopado, observou que produzir semanalmente uma emissão televisiva “é uma alegria” mas implica trabalho “muito intenso”, quer se trate de transmissões ao vivo ou previamente gravadas.
“[O ‘Oitavo Dia’] insere-se no meu sacerdócio e na área pastoral em que trabalho, e por isso também me sinto contente com o programa, apesar de compreender que há muitas coisas a melhorar”, assinalou.
De acordo com as tabelas de audiências televisivas publicadas terça-feira no blogue ‘A minha TV’, a missa e o ‘Oitavo Dia’ foram o quinto e sexto programas mais vistos este domingo na TVI.
A celebração eucarística foi a 14.ª emissão mais vista no total dos canais, atingindo uma audiência média de 6,2%, correspondendo a 24,5% dos espectadores que viam televisão no horário da transmissão (‘share’), enquanto que o ‘Oitavo Dia’ obteve, nos mesmos índices, 5,6% e 17,7%.
O cónego António Rego, membro do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, do Vaticano, recordou ainda que se deve a ele a criação de uma editoria religiosa no departamento de informação da TVI, setor que “fez alguma escola e que passou para o terreno da ECCLESIA”.
LS/RJM