Vaticano: Advogado alemão é novo presidente para o Instituto das Obras Religiosas

Nomeação tem aprovação de Bento XVI

Cidade do Vaticano, 15 fev 2013 (Ecclesia) – O Vaticano revelou hoje que o advogado alemão Ernst von Freyberg foi nomeado presidente do Conselho de Supervisão do Instituto das Obras Religiosas (IOR), sucedendo a Gotti Tedeschi, que foi demitido em maio de 2012.

Segundo a Santa Sé, von Freyberg “traz com ele uma vasta experiência em matérias financeiras e de processos de regulação financeira”.

O IOR, conhecido popularmente como o ‘banco do Vaticano’, é uma entidade que administra os bens das instituições católicas, aplicando os lucros no apostolado religioso e caritativo.

A escolha de von Freyberg, membro de várias organizações católicas, incluindo a Ordem de Malta, foi tomada por “unanimidade” pela comissão de cinco cardeais com funções de vigilância sobre IOR e aprovada por Bento XVI, disse aos jornalistas o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

“Esta decisão resulta de uma longa avaliação e uma série de entrevistas que a comissão de cardeais levou a cabo, com o apoio constante do comité de supervisão”, refere uma nova oficial da Santa Sé.

O documento fala na “excelência moral” dos candidatos e revela que o Vaticano contou com a “assistência de uma agência internacional líder na seleção de executivos de topo”.

Ernst von Freyberg é presidente dos estaleiros navais ‘Blohm+Voss Group’, de Hambrugo (Alemanha), e vai deslocar-se a Roma três dias por semana, de acordo com o Vaticano.

O Conselho de Supervisão do IOR mantém os seus outros quatro membros: Ronald Hermann Schmitz – vice-presidente -, Carl A. Anderson, Giovanni De Censi e Manuel Soto Serrano.

Gotti Tedeschi tinha sido nomeado em 2009, após o Papa Bento XVI ter decidido adaptar o IOR às regras internacionais de transparência financeira.

O Conselho de Supervisão votou a 24 de maio uma moção de desconfiança a Tedeschi e recomendou a cessação do seu mandato.

O antigo presidente foi afastado na sequência de uma moção baseada, segundo o Vaticano, em “motivos objetivos, respeitantes ao governo do Instituto, e não determinada por uma presumível oposição à linha de transparência [nas operações bancárias]”.

OC

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