D. António Carrilho abordou resignação de Joseph Ratzinger durante a missa das Cinzas
Lisboa, 14 fev 2013 (Ecclesia) – O bispo do Funchal classificou esta quarta-feira a renúncia de Bento XVI como uma decisão “clarividente e humilde”, durante a missa da imposição das Cinzas, na Catedral local.
De acordo com a edição online do Jornal da Madeira, D. António Carrilho deixou “uma palavra de afeto pelo Papa” e elogiou a “profundidade da sua mensagem teológica e espiritual”, expressa aos fiéis durante quase oito anos de pontificado.
No dia 11 de fevereiro, durante um Consistório público para a promulgação de três novos santos da Igreja Católica, o Papa transmitiu aos membros do colégio cardinalício a sua intenção de abdicar do cargo a partir do dia 28 de fevereiro, abrindo assim caminho para a eleição de um sucessor.
“Cheguei à conclusão de que as minhas forças, por causa da idade avançada, já não são adequadas para exercer de forma apropriada o ministério petrino”, disse Bento XVI aos seus colaboradores mais próximos.
O Papa, que dentro de dois meses completa 86 anos de idade, salientou ainda que a sua reflexão teve em conta o momento atual “de grande importância” que a Igreja está a viver, e surgiu “após ter repetidamente examinado a sua consciência diante da Deus”.
A resignação de Bento XVI vai ter efeito a partir das 20h00 (menos uma em Lisboa) do dia 28 de fevereiro, altura em que a Igreja ficará em estado de “Sé Vacante” até que um novo Papa seja escolhido através de um Conclave eleitoral.
Numa celebração eucarística acompanhada por diversos “sacerdotes, seminaristas e muitos fiéis”, D. António Carrilho abordou ainda o início da Quaresma como uma oportunidade de “silêncio e penitência”, de escuta e reflexão à volta da “palavra de Deus” e de “atenção” ao próximo.
Este ano, a Diocese madeirense vai recolher as renúncias quaresmais dos fiéis durante as eucaristias “dos dias 23 e 24 de março, em todas as igrejas e capelas”.
As ofertas reunidas vão reverter a favor do Fundo Social Diocesano, sobretudo para o apoio de “pessoas e famílias carenciadas”, explicou o bispo.
JM/JCP