Portalegre: Património da Sé em perigo por falta de conservação

Infiltrações ameaçam retábulos maneiristas que formam um dos maiores conjuntos nacionais do género

Portalegre, 01 fev 2013 (Ecclesia) – A Catedral de Portalegre tem um conjunto patrimonial de “valor inestimável” que “está em perigo”, refere o cónego Bonifácio Bernardo, secretário diocesano da Pastoral e deão do Cabido da Sé.

Com altares “únicos” que “muita gente desconhece” e “um conjunto de retábulos maneiristas, como não há em parte nenhuma”, o sacerdote afirmou à ECCLESIA que “infiltrações de água” (a partir das coberturas, mas também lateralmente) ameaçam estas obras.

As entidades responsáveis, “a começar pela própria diocese, têm consciência disso”, confessa.

O cónego Bonifácio Bernardo considera que o exterior desta Igreja, sede da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, “não dignifica a Sé, como também não dignifica a cidade”, dado que o “edifício imponente” recebe muitos visitantes.

Dado que a catedral é monumento nacional, a diocese “não pode atuar sozinha” e as “intervenções têm de ser em colaboração com outras entidades”, conclui.

A Sé de Portalegre foi construída no local onde se localizava a igreja de Santa Maria do Castelo: a primeira pedra foi lançada no dia 14 de maio de 1556, por D. Julião de Alva.

Esta catedral “apresenta uma multiplicidade de formas de arte, ferro forjado (séc. XVII), azulejos (séc. XVIII) e um dos maiores conjuntos nacionais de pintura maneirista, de consagrados mestres nacionais e alguns estrangeiros”, explica a Diocese de Portalegre-Castelo Branco, na sua página na internet.

LFS/OC

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