Vaticano: Bento XVI tem olhar positivo sobre os novos media

Presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais destaca oportunidades do mundo digital

Cidade do Vaticano, 24 jan 2013 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais (CPCS) considera que a nova mensagem de Bento XVI, ‘Redes Sociais: portais de verdade e de fé, novos espaços de evangelização’, apresenta uma visão “positiva” sobre estes espaços virtuais.

“Os media sociais são considerados como uma oportunidade de diálogo e de debate, reconhecendo-se-lhes a capacidade de reforçar os laços de unidade entre as pessoas e de promover eficazmente a harmonia da família humana”, disse D. Claudio Maria Celli, na conferência de imprensa de apresentação da mensagem do Papa para o 47.º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

Segundo o arcebispo italiano, esta avaliação positiva implica, no entanto, que se procure o respeito pela “privacidade”, com “responsabilidade e dedicação à verdade” e com “autenticidade, dado que não se partilham informações e conhecimentos”, como destacava o texto de Bento XVI.

Para o presidente do CPCS, a dinâmica social dos novos media insere-se “na busca existencial do coração humano” e deve evitar “a maré das informações” que sufoca a “voz discreta da razão”.

“O tema desta jornada fala de novos espaços de evangelização, que é anúncio da Palavra, anúncio de Jesus Cristo”, disse ainda.

O secretário do CPCS, monsenhor Paul Tighe, destacou por sua vez a importância da presença de católicos no “continente” digital, o implica um melhor “conhecimento da linguagem das redes sociais, que nasce de uma convergência entre texto, imagem e som, uma linguagem que se carateriza pela concisão e procura envolver corações e mentes”.

Em resposta aos jornalistas, D. Claudio Celli mostrou-se satisfeito com o impacto da conta pessoal na rede social Twitter que Bento XVI inaugurou no último dia 12 de dezembro, onde conta já com mais de 2,5 milhões de seguidores, em nove línguas, incluindo o português.

O presidente do CPCS convidou a replicar (retweet) as mensagens do Papa e frisou que 7% dos seguidores da página já o fazem, estimando que essa percentagem possa aumentar.

Este responsável destacou ainda que o Twitter vai continuar a ser o espaço “institucional” de Bento XVI nas redes sociais, descartando uma eventual presença no Facebook e desvalorizando, por outro lado, críticas e comentários negativos que visam a figura do Papa.

“É um risco que corremos: prefiro estar mais presente do que evitar uma presença para prevenir um risco”, explicou.

OC

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