Responsável pela entidade da Santa Sé destaca compromisso assumido na luta contra lavagem de dinheiro e branqueamento de capitais
Cidade do Vaticano, 14 jan 2013 (Ecclesia) – O diretor da Autoridade de Informação Financeira (AIF) da Santa Sé mostrou-se surpreendido com a decisão do Banco de Itália que levou à suspensão de pagamentos com cartão de crédito dentro do Vaticano.
René Bruelhart disse ao jornal ‘Corriere della Sera’ que a Cidade-Estado tem levado a cabo um esforço de adequação às normas internacionais no que diz respeito à luta contra lavagem de dinheiro e branqueamento de capitais.
Bento XVI instituiu uma Autoridade para a Informação Financeira, em dezembro de 2010, para garantir maior transparência nas finanças da Santa Sé (órgão de governo da Igreja Católica) e combater o crime económico, criando um novo quadro jurídico que entrou em vigor a 1 de abril de 2011 e foi revisto a 25 de janeiro de 2012, após a visita dos técnicos do Moneyval, organismo do Conselho da Europa.
Os peritos da instituição especializada na luta contra a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo apresentaram em julho um relatório sobre a “implementação dos padrões internacionais e europeus” na Santa Sé e no Estado da Cidade do Vaticano, com nove recomendações fundamentais aprovadas em 16.
O Banco de Itália bloqueou todas os terminais multibanco e de cartões de crédito do Deutsche Bank no Vaticano, deixando-o de fora dos circuitos de pagamento eletrónico, no início deste ano, alegando que o pequeno Estado não tinha um regime efetivo contra o branqueamento de capitais.
Bruelhart adiantou que a Santa Sé vai adotar, nos próximos meses, novas medidas nesta matéria.
OC