Migrações: Regresso às origens foi opção diante da possibilidade de partir à aventura

Casal vive em Trás-os-Montes rodeado pela família e aposta em novos projetos

Bragança, 11 jan 2013 (Ecclesia) –  Raquel e Miguel Mariano decidiram não emigrar e regressar às origens, onde se lançaram no negócio da restauração e descobrem que é possível ter mais tempo para a família.

Raquel, era professora, mas ficou desempregada; casada com o Miguel, natural de Lisboa, aceitou ir na aventura de tentar a sorte na capital.

“No início não foi nada fácil porque o Miguel tinha horários de trabalho muito diferentes e longos e só folgava à segunda-feira”, disse Raquel em declarações ao programa Ecclesia na Antena 1.

“Eu, sem grandes amigos em Lisboa, sentia-me um pouco perdida, quase como uma emigrante”, acrescentou Raquel, de 45 anos.

As dificuldades começaram a surgir ao nível familiar e financeiro e o casal ponderou a hipótese de emigrar, questionando o futuro.

Miguel foi “aliciado para ir para Angola” e lá abrir uma restaurante, uma vez que estava por dentro do ramo.

“Equacionei muito, não dormi muitas noites até dar uma resposta, foi difícil porque, por um lado, estava o dinheiro que podia ganhar, por outro a família que deixava”, desabafou o Miguel Mariano.

Decidiram não emigrar porque acreditavam que deviam ficar juntos dos pais, tendo decidido então a ideia de voltar às origens.

Após 4 anos a viver em Lisboa o casal Mariano voltou a pensar em Trás-os-Montes.

“Pensámos em nós, no que poderia ser o nosso futuro como casal e vimos que em Trás-os-Montes, junto dos meus pais e sogros poderíamos ter outras oportunidades”, disse Raquel Mariano.

Neste momento o casal Mariano está há 9 meses na cidade de Macedo de Cavaleiros e têm uma marisqueira.

“De forma estratégica, a marisqueira abre de quinta a domingo e lá trabalhamos naqueles dias. Os outros dias são passados a trabalhar na terra dos meus pais”, explicava Raquel.

Tendo colocado de lado a possibilidade da emigração, o casal sente que tem mais tempo para estar e viver em família.

“Sonhamos juntos e estamos felizes aqui! Pensamos mesmo num novo passo na nossa vida, ter um filho vai ser o culminar da felicidade!” conclui Raquel, em declarações ao programa Ecclesia na Antena 1, que pode ouvir neste domingo, quando se assinala o Dia Mundial do Migrante e Refugiado.

SN/PR

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