Encerramento da primeira sessão do II Concílio do Vaticano

No discurso de encerramento (08 de dezembro) dos trabalhos da primeira sessão do II Concílio do Vaticano, o Papa João XXIII agrupou as suas considerações em três pontos: «Os primeiros tempos do Concílio»; «O prosseguimento dos trabalhos» e «Frutos do Concílio».

No discurso de encerramento (08 de dezembro) dos trabalhos da primeira sessão do II Concílio do Vaticano, o Papa João XXIII agrupou as suas considerações em três pontos: “Os primeiros tempos do Concílio”; “O prosseguimento dos trabalhos” e “Frutos do Concílio”.

Em relação ao primeiro ponto, o Papa recordou o “inolvidável espetáculo” da cerimónia inaugural e a presença nela de elevado número de missões diplomáticas” e sobre a “lentidão dos primeiros trabalhos”, esta resultou da necessidade dos padres se “conhecerem melhor” uns aos outros e de chegarem “a acordo naquilo que «salve caritate» podia ser objeto de compreensíveis divergências”, lê-se no Boletim de Informação Pastoral nº 20, novembro-dezembro de 1962.

A cerimónia de 08 de dezembro não anunciou o fim do trabalho, mas o “início de uma nova fase de grandíssima importância”, frisou João XXIII. Para assegurar a continuidade dos trabalhos, foi criada uma comissão especial. Assim, os padres conciliares, no meio dos seus afazeres pastorais nas respetivas dioceses, podem continuar a “estudar e a aprofundar os esquemas” enviados de Roma. Este regime de trabalho assegura na segunda sessão – teve início em Setembro de 1963 – “um ritmo muito mais rápido que a primeira”, sublinhou o Papa no segundo ponto do discurso de encerramento.

Ao falar dos «frutos do concílio», João XXIII disse que “embora só depois de encerrado o concílio comecem a acolher-se os abundantes frutos que se esperam das determinações conciliares”. Esses frutos vão beneficiar a “própria Igreja, aqueles que, embora separados, invocam o nome de Cristo, e aqueles que ainda não beneficiaram da luz do Evangelho”.

No dia seguinte ao encerramento da primeira sessão, João XXIII presidiu à canonização de três novos santos – os primeiros do II Concílio do Vaticano – que se distinguiram pelo seu ardor apostólico: São Pedro Julião Eymard (1811-1868); Santo António Maria Pucci (1819-1892) e São Francisco Maria da camporosso (1804-1866).

Na homilia, o Papa salientou três traços característicos da “verdadeira santidade cristã em geral” e, em especial, da espiritualidade dos novos santos: “A vida eucarística; a devoção à Santíssima Virgem e o zelo apostólico”. Os primeiros santos (dois italianos e um francês) da era conciliar eram sacerdotes: Pedro pertencia à Sociedade de Maria; António era da congregação dos Servitas de Maria e Francisco pertencia aos frades Capuchinhos.

LFS

 

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