«A uma oração ocasional e superficial corresponde, habitualmente, uma fé débil e um ministério vazio», alertou D. Manuel Quintas
Faro, 10 dez 2012 (Ecclesia) – O bispo do Algarve afirmou este sábado, durante a missa de ordenação de dois padres e um diácono celebrada em Faro, que “a uma oração ocasional e superficial corresponde, habitualmente, uma fé débil e um ministério vazio”.
O enfraquecimento da espiritualidade tem como consequência “um ministério de menor alegria e insuficiente felicidade que não pode preencher a vida quotidiana de um sacerdote”, salientou D. Manuel Quintas, citado hoje pelo site do jornal ‘Folha do Domingo’.
“A ausência de oração leva o presbítero a perder e a desencontrar os passos de Cristo, ficando cada vez mais para trás e mais distante, até perdê-lo de vista, caminhando sem rumo, ainda que todos os dias fale dele e aja em seu nome”, frisou o prelado.
D. Manuel Quintas pediu aos sacerdotes para serem “imagem real, viva e transparente de Cristo” e advertiu para o perigo de “a fraqueza espiritual” dos padres poder implicar que os fiéis ao seu cuidado se afastem da Igreja.
O prelado pediu aos jovens presentes na assembleia que não se considerassem “excluídos do dom do ministério ordenado”: “A nossa Igreja diocesana precisa de vós”.
Na homilia o bispo algarvio agradeceu às famílias dos ordenados: “A entrega dos vossos filhos a Deus e à nossa Igreja também reverterá em abundância de dons, de alegria e de felicidade para cada um de vós”.
A ordenação dos dois padres e do diácono em processo de preparação para o sacerdócio, celebrada na igreja de São Luís, contou com a participação de duas mil pessoas, incluindo padres das dioceses de Évora e Beja.
RJM