Agrupamentos «prestam um grande serviço na evangelização», sublinha sacerdote do Departamento de Liturgia
Bragança, 29 nov 2012 (Ecclesia) – A Diocese de Bragança-Miranda realizou este domingo um encontro formativo sobre música litúrgica dirigido às bandas filarmónicas da região.
O plano pastoral da diocese tem por mote ‘A liturgia a primeira escola da fé’, pelo que a formação dos serviços ligados às celebrações litúrgicas, onde se incluem as bandas filarmónicas, é uma das prioridades da Igreja Católica local, refere a mais recente edição do semanário regional ‘Mensageiro de Bragança’.
A música litúrgica “não deve ser uma coisinha qualquer inventada por um curioso que se lembrou de fazer um cântico e que, depois, começa a ser cantado. A Igreja tem exigências muito acentuadas sobre a qualidade do que se deve cantar”, frisou o padre António Cartageno, um dos formadores, citado pelo jornal ‘Mensageiro de Bragança’.
O compositor oriundo da Diocese de Beja afirmou que o repertório nacional é vasto, diversificado e com qualidade, não devendo nada ao de outros países.
O padre José Bento, do Secretariado de Liturgia da diocese, sublinhou que as 15 bandas filarmónicas “prestam um grande serviço na evangelização”.
“Tecnicamente são boas. Mas nós queremos passar do bom ao belo. Ou seja o belo inclui a sabedoria e a vivência da fé”, salientou, adiantando que a diocese pretende que os músicos “comecem a praticar, a exercer e a testemunhar aquilo que deve ser valorizado na música litúrgica”, para que transmita “o mistério que é o próprio Deus”.
As 15 bandas da diocese foram convidadas a participar mas nem todas aceitaram o desafio.
“Nós vamos propor às comissões de festas e às comissões fabriqueiras que, de facto, privilegiem as bandas que estiveram presentes na formação porque estas aprenderam aqui a mensagem da beleza do Evangelho”, adiantou o responsável.
Chéu Líbano, maestro da Banda de Bragança, considera que há uma nova consciência nas bandas filarmónicas para o que se pretende fazer no acompanhamento das celebrações.
Os agrupamentos “precisam de uma ajuda ou uma reflexão sobre o que é a música litúrgica”, observou, acrescentando que “a preocupação” do bispo, D. José Cordeiro, é perceber se as bandas têm “sensibilidade” para o canto sagrado.
“Algumas têm e percebem que tem de ser um repertório litúrgico, outras nem tanto, mas há que ajudá-las, sem discriminação”, referiu.
No encontro participaram as bandas de Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Pinela e Bragança.
A missa de domingo na catedral contou com a participação de vários músicos e cantores dos agrupamentos.
A Banda Filarmónica de Freixo de Espada à Cinta foi convidada para tocar e cantar na Missa Crismal.
MDB/RJM