D. António Carrilho presidiu a celebração nos 495 anos da dedicação da catedral e no início oficial do Ano da Fé na diocese
Funchal, Madeira, 19 out 2012 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou esta quinta-feira que o atual momento do país exige “verdade e transparência” por parte dos líderes políticos, a quem pediu ainda sensibilidade para o sofrimento das populações.
“Aos governantes, pede-se que não exijam sacrifícios para além dos estritamente necessários e que tratem com sentido de igualdade, respeito e equidade todos os cidadãos”, afirmou D. António Carrilho na homilia da celebração que assinalou os 495 anos da dedicação da catedral e o início oficial do Ano da Fé na diocese.
Este responsável diz que a Igreja Católica na região está preocupada perante a “grave crise” que atinge Portugal “sem que se encontrem respostas e soluções” para a mesma.
“A hora presente exige muita verdade e transparência, justiça e equidade, solidariedade e um compromisso sempre maior na promoção e defesa do bem comum, em todos os níveis e em todas as instâncias», sublinhou o prelado, citado pela edição de hoje do ‘Jornal da Madeira’.
Neste contexto, acrescentou, os católicos devem estar “conscientes dos seus deveres para com o próximo e a sociedade em geral”, de forma particular para com os que são afetados “pelo desemprego, problemas de habitação e falta de meios para atender de forma conveniente à educação e à saúde dos seus membros”.
Em referência particular ao Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013), proclamado por Bento XVI para celebrar os 50 anos do início do Concílio Vaticano II e o 20.º aniversário do Catecismo da Igreja Católica, D. António Carrilho destacou a necessidade de se “repensar e viver a fé, hoje, de um modo novo”.
“A insistência que pode fazer-se nos nossos planos pastorais quanto à necessidade de conhecimento dos conteúdos doutrinais não poderá levar-nos a esquecer ou menosprezar a dimensão social da fé com as suas consequências no compromisso efetivo de todos os cristãos, consoante a sua vocação e modo de vida”, frisou.
JM/OC