Muito melhor de saúde nos últimos meses, João Paulo II está pronto para enfrentar novos desafios e viajar de novo. Repouso e uma fisioterapia apropriada são os responsáveis pela visível melhora de saúde de João Paulo II nos últimos meses. Segundo publicou o jornal italiano “Corriere della Sera” datado de 18 de Março, não se trata de nenhum medicamento milagroso nem de uma reformulação no tratamento químico para a doença de Parkinson de que padece o Papa. A recuperação, visível e contínua, segundo alguns assessores directos, vem sendo notada desde o segundo semestre do ano passado. O último sinal ficou claro no fim de semana passado, quando João Paulo II reapareceu na Basílica de São Pedro depois de uma semana de retiro. O Papa surgiu com uma voz mais forte e gestos firmes, sem demonstrar nenhum cansaço. Os religiosos que acompanham João Paulo II de perto, têm a certeza de que a opção pelo repouso foi a mais acertada, depois de um período de longas viagens (Canadá, Guatemala, México e Polónia), além da adopção de uma fisioterapia adequada. Nem mesmo os comprimidos à base de papaia, fornecidas especialmente pelo especialista Luc Montagner, surtiram o mesmo efeito do descanso e da ginástica controlada. “O Papa não voltou a tomar esses comprimidos”, confirmou ontem ao Corriere o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls. A recuperação, que se tornou mais evidente desde Janeiro, fez com que João Paulo II confirmasse suas próximas viagens – à Espanha (3 e 4 de Maio), Croácia (5 a 8 de Junho), Bósnia (provavelmente dia 21 de Junho) e Eslovénia (em Setembro). No último Domingo, proclamou cinco novos beatos e afirmou ao mundo que a santidade é um caminho difícil, mas possível para todos os cristãos. As canonizações têm sido, aliás, referência constante no pontificado de João Paulo II. Com esta celebração, o Papa já proclamou, em 25 anos de pontificado, mais de 1308 beatos e 464 novos santos.
