Igreja/Crise: Bispo do Algarve apela a um «despertar de consciências»

Faro recebeu milhares de pessoas para a edição 2012 da Festa da Solidariedade, promovida pela confederação nacional das IPSS

Faro, 07 out 2012 (Ecclesia) – O bispo do Algarve apelou este sábado a um “despertar de consciências” perante a atual situação de crise que afeta o país e apelou ao compromisso de cidadãos e responsáveis políticos pelo bem comum.

D. Manuel Quintas falava na ‘Festa da Solidariedade’ que na sua edição de 2012 reuniu em Faro Instituições Particulares de Solidariedade Social de todo o país.

O prelado, vogal do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, propôs a criação de “dinamismos de esperança contra o pessimismo” e “de confiança contra derrotismos”, combatendo “egoísmos e injustiças”.

O bispo, citado pela edição online do jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, exortou também à “participação mais ativa e corresponsável contra absentismos” e ao “empenhamento no bem comum contra o refúgio de individualismos e partidarismos”.

D. Manuel Quintas defendeu ainda o “diálogo na procura de soluções” para os problemas da sociedade e criticou os “confrontos estéreis, sem perspetiva de futuro e de paz social”.

A celebração, promovida pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), decorreu no Jardim Manuel Bivar e teve início com a chegada da ‘Chama da Solidariedade’, que saiu na última terça-feira de Santarém.

Para o presidente da CNIS, padre Lino Maia, há “razões para fazer festa”, apesar da situação do país, porque as instituições do setor solidário são as que, do seu ponto de vista, fazem “mais e melhor para que as dificuldades sejam menores e não se perca a noção de futuro”.

“Que seria desta região do Algarve sem instituições com centros de convívio, apoio domiciliário, centros de dia e lares?”, questionou.

Já o presidente da União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social do Algarve, José Carreira, reivindicou “equidade e justiça social”, considerando que sem estes princípios “não há sentido de solidariedade social”, nem será possível a qualquer Governo exercer a sua missão.

As associações reunidas na CNIS empregam perto de 200 mil pessoas e servem meio milhão de utentes em Portugal.

FD/OC

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