Fátima: Jornadas Missionárias recordam e atualizam Concílio Vaticano II

Presidente da Comissão Episcopal da Missão, D. António Couto, e arcebispo emérito de Argel, D. Henri Teissier, intervêm no encontro

Fátima, Santarém, 14 set 2012 (Ecclesia) – “Vaticano II – 50 anos: Missão, Memória e Profecia” é o tema das Jornadas Missionárias que começam hoje em Fátima com o objetivo de recordar o concílio e sublinhar as suas implicações na atualidade.

O encontro, que decorre no Centro Paulo VI, inicia-se às 19h00 com a missa, prosseguindo com o jantar e a primeira conferência, “Missão, ontem e hoje”, pelo padre José Antunes da Silva.

O arcebispo emérito de Argel, D. Henri Teissier, abre o programa de sábado com uma intervenção sobre “Missão e Profecia”, seguida da conferência “A Alma da Missão”, proferida pelo bispo de Lamego e presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, D. António Couto.

A parte da tarde é reservada à apresentação simultânea de quatro temas relacionados com a evangelização.

“Infância”, por Celina Machado, da instituição Infância Missionária de Pinheiro da Bemposta, “Juventude”, pelo padre Eduardo Novo, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, constituem os assuntos orientados por faixas etárias.

“Voluntariado”, com Ana Patrícia Fonseca, da Fundação Fé e Cooperação, e “Igreja Local”, pelo padre David Nogueira, diretor das Obras Missionárias Pontifícias da Diocese de Leiria-Fátima compõem os restantes ‘workshops’.

Os participantes nas Jornadas voltam a juntar-se para uma sessão em comum antes da missa, do jantar e da “sessão cultural” que encerra o segundo dia.

O encontro termina no domingo com o almoço, após o terço e a missa no Santuário de Fátima.

Em entrevista ao programa ECCLESIA na Antena 1 que vai para o ar este domingo, o diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP) considera que “ninguém deve ficar de fora” do mundo missionário.

“Hoje os missionários passam muitos sofrimentos para que o nome de Jesus possa ser escutado”, sublinhou o padre António Lopes, acrescentando que a missão “está sempre a fazer-se”.

D. Henri Teissier salientou esta quarta-feira que “a Argélia é o único país do mundo árabe onde foram erigidas comunidades evangélicas de muçulmanos convertidos, onde a Constituição reconhece o direito à liberdade de consciência”.

O arcebispo emérito referiu-se em conferência de imprensa realizada em Lisboa à visita que o Papa Bento XVI realiza entre hoje e domingo ao Líbano.

“Todas as correntes existentes no país estão abertas a acolher Bento XVI, sem consternações, e esperam que ele ajude a criar a paz”, afirmou.

O antigo presidente da Cáritas Internacional para os países árabes está em Portugal até 21 de setembro para partilhar a sua experiência com os monges trapistas do Mosteiro de Tibhirine assassinados em 1996, durante a guerra civil na Argélia.

O prelado escreveu o livro “Christophe Lebreton”, nome de um dos sete religiosos mortos, cuja tradução portuguesa, prefaciada pelo padre José Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, foi apresentada quarta-feira em Lisboa.

PRE/JCP/LFS/RJM

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