Líbia: Vaticano exprime «firme condenação» pelo atentado que matou embaixador dos EUA

Nada justifica «atividade das organizações terroristas e a violência homicida», frisa porta-voz da Santa Sé

Cidade do Vaticano, 13 set 2012 (Ecclesia) – O Vaticano repudiou hoje o ataque ao consulado dos Estados Unidos na cidade líbia de Benghazi, que na terça-feira causou a morte do embaixador norte-americano, Christopher Stevens, e três outros funcionários.

“O gravíssimo atentado organizado contra a representação diplomática dos Estados Unidos na Líbia, que provocou a morte do próprio embaixador e de outros funcionários, merece a mais firme condenação da parte da Santa Sé”, refere a nota publicada pela Sala de Imprensa do Vaticano.

A declaração assinada pelo porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, frisa que nada justifica a “atividade das organizações terroristas e a violência homicida”.

“A par da nossa tristeza, luto e orações pelas vítimas, renovamos o desejo de que apesar deste novo trágico acontecimento a comunidade internacional consiga encontrar os melhores caminhos para continuar o seu empenho para favorecer a paz na Líbia e em todo o Médio Oriente”, lê-se.

Segundo as agências internacionais o ataque contra o consulado em Benghazi, mil km a leste de Tripoli, foi desencadeado por um protesto contra um vídeo sobre o profeta Maomé, alegadamente realizado nos Estados Unidos por um israelo-americano, que foi considerado ofensivo para o Islão.

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou esta quarta-feira uma declaração onde o padre Lombardi salientava que “o profundo respeito pelos crentes, textos, grandes personagens e símbolos das diversas religiões é uma premissa essencial da convivência pacífica dos povos”.

“As gravíssimas consequências das ofensas e provocações injustificadas à sensibilidade dos crentes muçulmanos são mais uma vez evidentes nestes dias, pelas reações que suscitam, por vezes com resultados trágicos, que por sua vez aprofundam tensões e ódio, desencadeando uma violência de todo inaceitável”, referiu.

O sacerdote assinalou que “a mensagem de diálogo e de respeito por todos os crentes das diversas religiões que o Santo Padre se prepara para levar na próxima viagem ao Líbano indica o caminho que todos devem percorrer para construir em conjunto a convivência comum das religiões e dos povos na paz”.

Bento XVI inicia esta sexta-feira uma viagem de três dias ao Líbano.

RJM

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