Leiria-Fátima empenhada na revitalização da fé

Sociedade afastou-se de Deus porque falta um anúncio «forte, convicto e alegre», diz D. António Marto

Leiria, 12 set 2012 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Leiria-Fátima quer fazer de 2012-2013 um tempo de redescoberta, celebração e testemunho da vivência cristã, acompanhando o desafio lançado pela Igreja Católica com a convocação do Ano da Fé.

Numa nota pastoral enviada à Agência ECCLESIA, intitulada “O tesouro da fé, dom para todos”, D. António Marto sublinha que se a sociedade atual está afastada de Deus, “se o mundo não crê”, isso “deve-se, em parte”, à falta de um anúncio “forte, convicto e alegre”.

“A primeira pergunta que o cristão deverá colocar-se é se considera verdadeiramente um tesouro, se considera precioso o dom da fé, ou se não o sabe apreciar e o banaliza”, sustenta o prelado.

Para evitar que a vida cristã se transforme numa “repetição cansada de fórmulas e tradições do passado” e ajudar “os batizados” a despertarem do “torpor” em que caíram, a Diocese de Leiria-Fátima preparou um programa especial de atividades com início previsto para 14 de outubro.

Nesse dia, as comunidades locais vão ser convidadas a associarem-se à abertura do Ano da Fé, através de uma “assembleia diocesana nos claustros da Sé”.

Mais tarde, já em 2013, nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho, vai ser promovida uma “Festa da Fé”, na cidade de Leiria.

A terceira grande iniciativa, uma celebração eucarística na catedral leiriense, marcada para 24 de novembro de 2013, vai coincidir com o encerramento do Ano da Fé e simultaneamente com a celebração da Solenidade de Cristo Rei.

Segundo D. António Marto, o próximo ano será ainda composto de “uma série de iniciativas, dinamismos e ações a implementar a nível diocesano, vicarial, paroquial ou comunitário”, que obrigarão “à criatividade e à comunhão de esforços” entre todos os responsáveis e grupos eclesiais.

Em cima da mesa estão propostas como a criação de “tendas da fé”, espaços onde as pessoas possam conversar e partilhar experiências e dificuldades relacionadas com Deus, a Igreja e o mundo, “fora do templo e dos círculos habituais”.

“Se não dialogarmos com a sensibilidade dos homens e das mulheres de hoje, corremos o risco de ter um tesouro e não saber ou poder oferecê-lo”, alerta o prelado.

A nota pastoral desafia ainda os fiéis a participarem na avaliação do Sínodo Diocesano que decorreu entre 2005 e 2012, sob o lema “Testemunhar Cristo, Fonte de Esperança”.

O principal objetivo é ver “quais as iniciativas que surgiram como fruto da caminhada nestes anos”, ao nível das paróquias, comunidades, grupos e movimentos diocesanos.

A instituição do Ano da Fé, convocado por Bento XVI, vai servir também para comemorar o 50º aniversário do início do Concílio Vaticano II (1962-1965).

D. António Marto quer aproveitar a ocasião para “fazer uma revisão” sobre a forma como as comunidades leirienses receberam, viveram e aproveitaram o “impulso” saído da última grande reunião de responsáveis eclesiásticos.

O encontro conciliar “foi e é, na verdade, um novo Pentecostes, uma primavera do Espírito: uma reserva de luz, de graça, de beleza da fé e da vida eclesial, de que todos somos chamados a participar”, conclui aquele responsável.

JCP

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