Criança acusada de blasfémia sai da prisão

Tribunal paquistanês libertou Rimsha Masih sob caução

Lisboa, 07 set 2012 (Ecclesia) – A menina cristã paquistanesa acusada de blasfémia por ter alegadamente queimado páginas do Corão saiu hoje da prisão, sob caução, por decisão de um tribunal de Islamabad, anunciou a agência Fides, do Vaticano.

Rimsha Masih, presa desde 16 de agosto, está acusada de um crime passível de prisão perpétua no Paquistão e, segundo a sua defesa, as averiguações judiciais vão prosseguir, após a sua libertação.

A defesa de Masih, menina com a síndrome de Down, espera que os resultados da observação da comissão médica permitam que o juiz anule a acusação.

Paul Bhatti, conselheiro especial do primeiro-ministro para a Harmonia Nacional no Paquistão, que acompanha as minorias religiosas disse à agência AsiaNews que este é um momento de “felicidade e satisfação”, porque “foi feita justiça”.

O político católico diz que o juiz fixou em 500 mil rupias (cerca de 4 mil euros) o montante para a libertação da menor.

A polícia prendeu Rimsha “sob pressão de uma centena de radicais islâmicos”, segundo refere a Fides, acrescentando que cerca de 600 famílias cristãs do bairro Mehra Jafar, onde morava a família da criança, tiveram de fugir, “com medo de represálias dos extremistas”.

Como resultados das investigações, um imã – autoridade religiosa muçulmana – foi detido a 1 de setembro por falsificar provas contra Rimsha Masih.

A detenção ocorreu depois de duas testemunhas terem declarado que viram o imã Khalid Chishti a colocar folhas do livro sagrado dos muçulmanos junto de outras folhas que a menor tinha queimado.

Uma comissão médica determinou que a menina tem menos de 14 anos e uma idade mental ainda inferior, apresentando deficiência mental, uma versão contestada pelos islamitas que pedem um castigo exemplar para a cristã.

OC

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