Caso de fuga de informação e de documentos do Papa sem desenvolvimentos
Cidade do Vaticano, 29 ago (Ecclesia) – O vice-diretor da sala de imprensa da Santa Sé qualificou hoje como sem “fundamento” as notícias sobre o alegado envolvimento de novas pessoas no caso de fuga de informação e documentos do Papa, conhecido como ‘vatileaks’.
O padre Ciro Benedettini, citado pela Rádio Vaticano, reagia a notícias de vários órgãos de comunicação social que davam conta de “uma vintena de inquiridos ou indiciados no processo que diz respeito à fuga de documentos reservados”.
A Santa Sé anunciou no último dia 13 que o antigo mordomo do Papa, Paolo Gabriele, e um técnico informático da Secretaria de Estado da Santa Sé, Claudio Sciarpelletti, vão ser julgados por um tribunal do Vaticano devido ao envolvimento no caso.
Paolo Gabriele, de 46 anos, vai ser julgado por furto agravado de documentos provenientes do apartamento papal, revela a Rádio Vaticano.
O mordomo, detido a 23 de maio, declarou que desviou e fotocopiou documentos pertencentes à Santa Sé e os enviou ao jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, na convicção de estar a prestar um serviço ao Papa.
O funcionário próximo de Bento XVI disse aos investigadores que um “choque, inclusivamente mediático”, poderia contribuir para que a Igreja regressasse ao “caminho certo”.
O colaborador afirmou que agiu sozinho e que não recebeu dinheiro nem outros benefícios em troca dos documentos.
O padre Federico Lombardi, diretor da sala de imprensa da Santa Sé, sublinhou que a investigação continua em aberto e que não está excluída a emissão de cartas rogatórias, instrumentos de cooperação judicial internacional, pelo que poderão ser conhecidos novos desenvolvimentos, provavelmente a partir de setembro, mês em que reabrem os tribunais.
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