D. Silvano Tomasi critica perseguição «subtil» no Ocidente
Rimini, Itália, 23 ago 2012 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé junto das agências especializadas da ONU, em Genebra (Suíça), denunciou hoje o aumento da intolerância religiosa contra cristãos, inclusive na cultura ocidental.
“Há provas bem documentadas que mostram que os cristãos são o grupo mais religioso mais perseguido no mundo de hoje, isto é, o grupo que vê mais limitado os seus direitos, por uma razão ou outra”, disse à Rádio Vaticano D. Silvano Tomasi, que interveio esta manhã, sobre o tema, no encontro de Rimini que decorre na cidade do nordeste da Itália, até sábado.
Para este responsável, na cultura ocidental a estratégia passa por “dizer ou pensar que a religião é um impedimento para a liberdade individual”.
“Assim, temos uma situação contrária ao que é afirmado: não é o grupo religioso que impede a afirmação do direito de alguém, mas é a posição pública que limita o direito de quem acredita ou tem uma fé religiosa”, refere.
D. Silvano Tomasi fala numa “estratégia subtil, mas muito eficaz, porque acaba por impedir a possibilidade de que os valores cristãos venham a ter o seu papel nas decisões públicas”.
O observador permanente da Santa Sé destaca ainda que o aumento da intolerância religiosa passar por limitações à “liberdade dos crentes”, por parte do Estado, e mesmo por “perseguições” às comunidades religiosas.
Essa violência, sublinhou, pode levar ao “exílio”, como está a acontecer com os cristãos na Síria ou no Iraque, vistos como “aliados do Ocidente”.
“Há manifestações violentas, conflituosas, contra comunidades religiosas que levam à desagregação social, para além dos danos infligidos a estas pessoas”, observou.
O ‘Meeting de Rimini’, organizado pelo Movimento Comunhão e Libertação, tem como objetivo proporcionar o encontro entre pessoas de diferentes crenças e culturas, que tenham em comum o desejo de se conhecerem e valorizarem mutuamente.
RV/OC