Funchal: Pároco de Nossa Senhora do Monte diz que se «nota muito mais a necessidade da oração»

Festa em honra da padroeira da Madeira juntou famílias e emigrantes numa onda de fé que se acentuou com a chegada da crise

Funchal, Madeira, 16 ago 2012 (Ecclesia) – A festa de Nossa Senhora do Monte, que durante 10 dias animou a Ilha da Madeira, é um acontecimento fundamental para o equilíbrio espiritual e social da região e um exemplo da dedicação do povo português a Maria.

Em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA, o padre Giselo Andrade começa por destacar a celebração da padroeira madeirense como “uma grande oportunidade” para promover o “encontro com a Mãe e com Deus”.

Todos os anos, no início de agosto, a igreja de Nossa Senhora do Monte, situada na freguesia do Monte, no Funchal, é percorrida por uma onda de fé que, segundo o sacerdote, se desenvolveu ainda mais com a chegada da crise económica.

“Nota-se muito mais a necessidade da oração e os tempos de novena são muito concorridos, as pessoas participam com gosto e afinco”, adianta aquele responsável.

Construído no início do século XIX, aquele local de culto é o ponto de peregrinação mais importante da Ilha da Madeira e alberga uma imagem de Maria cuja história remonta ao início do povoamento do Arquipélago, em 1425.

A romaria, que termina com a celebração eucarística de 15 de agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora, junta “famílias” e “amigos de longa data” e chama de volta à Madeira inúmeros “emigrantes” que se encontram espalhados pelo mundo.

“O Monte junta, congrega as pessoas”, numa tradição que ano após ano vai “ganhando ritmo e atingindo as novas gerações”, salienta o padre Giselo Andrade.

Ao longo dos tempos – acrescenta – o fenómeno religioso e popular tem sido reforçado por “grandes testemunhos e mesmo por alguma literatura que fala de milagres concedidos em situações de grande dificuldade”.

“Subir” até ao alto da igreja, “acender uma vela, tocar no manto” de Nossa Senhora ou simplesmente “agradecer” a sua intercessão, é muito mais do que um preceito.

É uma forma dos madeirenses reforçarem as suas “raízes cristãs” e de “confirmarem a sua identidade”, profundamente ligada a Nossa Senhora, conclui o sacerdote.

LS/JCP

 

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Agência ECCLESIA

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