Coordenador da pastoral dos portugueses em França sublinha o papel dos sacerdotes em serem «pontes»
Lisboa, 08 ago 2012 (Ecclesia) – O pároco da comunidade portuguesa de Versalhes considera muito difícil chegar até aos novos emigrantes portugueses que chegam a França.
«É uma migração que não faz muito barulho porque são emigrantes que já viveram numa situação boa em Portugal, a crise fez com que saíssem e chegam tímidos, envergonhados e com a necessidade de serem acolhidos», realça o padre Geraldo Finatto, em entrevista ao programa Ecclesia na Antena 1, a ser transmitido hoje pelas 22h45.
Muitas famílias portuguesas, da «primeira geração» têm acolhido jovens recem chegado a França.
«A solidariedade que encontram nas famílias torna-se o elo de ligação com o país e com a comunidade», acrescenta.
O padre Geraldo Finatto confessou ainda que, quando chegou a França há 27 anos, as comunidades portuguesas estavam muito afastadas e houve um grande trabalho dos padres para se tornarem «pontes».
«Os migrantes necessitam de um padre que goste deles e que tenha respeito pela nacionalidade, cultura e forma de viver a fé», dizia.
Os emigrantes que chegam a França já não procuram a Igreja para se instalarem ou integrarem, «ir ao encontro» é o novo caminho a percorrer.
«Eles já não sentem a fé indispensável o que faz com que haja a preocupação de arranjar uma forma de chegar até eles e os integrar», sublinhou o sacerdote scalabriniano.
A comunidade portuguesa em França é a mais numerosa das comunidades portuguesas na Europa e uma das principais comunidades estrangeiras estabelecidas nesse país, rondando 1 milhão de pessoas, segundo a embaixada de Portugal em França.
PRE/SN