Coordenador destaca ambiente de camaradagem que se estabelece entre utentes vindos de diversos contextos socioeconómicos
Leiria, 02 ago 2012 (Ecclesia) – Centenas de crianças e adolescentes da região de Leiria-Fátima aprendem por estes dias a importância de valores como a amizade e o voluntariado, integrados numa colónia de férias que a Cáritas diocesana promove até setembro.
Em declarações prestadas hoje à Agência ECCLESIA, o coordenador do projeto, Nélson Costa, sublinha que mais do que preencher o tempo com “grandes atividades”, o objetivo é levar aos mais novos “a atenção, o carinho e a brincadeira” de que precisam.
Lançada há 25 anos, a colónia está instalada na praia do Pedrogão, num complexo conhecido com a “Casa Amarela”.
Apesar de estar essencialmente orientada para “crianças mais desfavorecidas”, a estrutura recebe utentes vindos de diversos contextos sociais.
A edição deste ano, que começou a 16 de julho, conta com cerca de 240 crianças e 50 adolescentes inscritos, apoiados por 60 monitores voluntários.
Os participantes estão divididos por turnos, cada um com a duração de 10 dias, durante os quais a organização procura conjugar a parte lúdica com a proposta católica, própria da Cáritas.
Normalmente, as manhãs começam com “uma pequena oração”, gesto que também se estende “às refeições”, e o programa de sábado inclui sempre “uma eucaristia”, realça Nélson Costa.
As atividades na praia preenchem no entanto a maior fatia do programa, com eventos que vão desde a simples construção de castelos de areia à participação em iniciativas de caráter mais pedagógico.
Neste momento, os mais novos estão a ser desafiados a colocarem em prática os seus dotes de detetives, já que “têm de descobrir” quem tirou o brilho à “ilha das cores”, revela o coordenador.
Divididos por grupos, os concorrentes ganham pontos através da realização de diversos torneios e “à noite há sempre um teatro” para pôr os mais distraídos “a par da história”.
“Como é óbvio”, acrescenta o mesmo responsável, “no último dia os participantes acabam sempre com os mesmos pontos”.
Já com muitos anos de colónia balnear, Nélson Costa acredita que os utentes do projeto da Caritas leiriense guardam para a vida sobretudo as amizades que constroem ao longo dos dias e o exemplo de dedicação dos monitores.
Quanto aos voluntários, muitos deles foram fortemente marcados pelo contacto com as crianças e adolescentes, tanto a nível humano como profissional.
“Um monitor estava em engenharia física, era um aluno brilhante, tinha média de 19 na Universidade de Aveiro, e quando conheceu a colónia mudou para o curso de medicina”, exemplifica o membro da organização católica.
JCP