Direitos Humanos: Vaticano condena massacre na Síria

Representante da Santa Sé no Conselho da ONU fala em crime «hediondo»

Genebra, Suíça, 02 jun 2012 (Ecclesia) – O representante da Santa Sé no Conselho da ONU para os Direitos Humanos condenou “firmemente” esta sexta-feira o massacre de Houla, na Síria, que deixou mais de 100 mortos no dia 25 de maio, incluindo dezenas de crianças.

O arcebispo Silvano Tomasi falava em Genebra, Suíça, onde o referido organismo das Nações Unidas deixou o alerta de que tais atos podem corresponder a crimes contra a humanidade e a outros crimes internacionais.

“A delegação da Santa Sé condena firmemente a escala de atos de violência na Síria, em particular os recentes assassinatos em Houla”, disse o arcebispo italiano.

O observador do Vaticano afirmou que “o massacre de inocentes, incluindo numerosas crianças, é particular hediondo e causa de grande sofrimento para o Santo Padre e toda a comunidade católica”.

“Os direitos humanos fundamentais são violados e o risco de uma nova escalada do conflito requer um compromisso determinado de todas as partes para o diálogo, com a maior urgência”, disse.

D. Silvano Tomasi defendeu a implementação do plano de paz proposto pela ONU e pediu que a comunidade internacional ofereça à Síria “ajuda justa e construtiva”.

Dados disponibilizados pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos indicam que mais de 12 600 pessoas já perderam a vida na Síria, desde o início da revolta popular contra o regime de Bashar Al-Assad, em março de 2011, a maioria delas civis vítimas de disparos das forças governamentais.

As autoridades sírias já vieram entretanto negar qualquer responsabilidade no que aconteceu na região de Houla, localizada 185 quilómetros a norte da capital Damasco.

OC

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